Trinta anos depois, U2 ainda encontra relevância em "The Joshua Tree"
A banda irlandesa de rock U2 iniciou a parte europeia da turnê "The Joshua Tree" neste sábado (8) retornando ao álbum que gerou a relação de amor e ódio com a América e os impulsionou ao estrelato quando lançado 30 anos atrás.
A banda, liderada pelo cantor Bono, de 57 anos, está tocando todo o álbum para 2,4 milhões de fãs em sua turnê de 2017, incluindo sucessos como "With or Without You" e "I Still Haven't Found What I'm looking For".
No entanto, eles começaram o show de Londres com músicas mais antigas como "Sunday Bloody Sunday", "New Year's Day", "Bad", e a música inspirada em Martin Luther King Jr "Pride (In the Name of Love)", a qual Bono dedicou às "pessoas arco-íris de Londres", que participaram da Marcha de Orgulho LGBT na cidade no sábado.
"The Joshua Tree" foi tocado na sequência contra um vídeo ao fundo de paisagens norte-americanas, tais como o Vale da Morte e Americanos em frente a Estrelas e Listras, do fotógrafo holandês Anton Corbijn, que criou as imagens no álbum original.
O álbum de melhor venda do grupo foi lançado em 1987 quando Ronald Reagan era o presidente dos Estados Unidos e Margareth Thatcher estava no poder no Reino Unido.
O guitarrista principal The Edge afirmou em entrevista para a Rolling Stone em janeiro que politicamente "as coisas têm fechado um círculo completo".
"Parece que, 'nossa, essas músicas têm um novo significado e uma nova ressonância hoje que elas não tinham três anos atrás, quatro anos atrás'", disse ele à revista.
Bono deixou a música falar por si mesma no sábado, ainda que um personagem chamado de "Trump" tenha sido chamado de mentiroso por um "cowboy bom moço" em um clipe.
Vale lembrar que o U2 traz a turnê para o Brasil e faz três shows nos dias 19, 21 e 22 de outubro em São Paulo no estádio do Morumbi.
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