Rodrigo Silveira
|
Jan Fjeld
O grupo alemão De-Phazz faz um pop irônico que brinca com clássicos e clichês da cultura pop, para criar um som impecavelmente bem produzido e agradável, sempre com um toque jazzístico. Seus três lançamentos são puro pop que vão de batidas drum and bass e latin jazz, até o ragga e baladas suaves. Os três discos soam familiares, embora sejam trabalhos originais. Resumiu o jornal espanhol, El País, na sua recente resenha sobre De-Phazz: "cultivan la música de salón, eletrônica y elegante".
Atualmente trabalhando no novo álbum, na mesa de mixagem do "Phazz-a-delic Studio", localizado na pequena cidade de Heidelberg na Alemanha, o meticuloso produtor e multi-instrumentista Pit Baumgartner respondeu as perguntas de O Pulso por e-mail.
O idealizador e principal compositor falou sobre a sua "música reciclada", inspiração e o que significa o nome De-Phazz.
O grupo acaba de relançar o seu segundo álbum "Godsdog", de 1999, com o repertório do original, além de um segundo CD com versões inéditas e remixes. Os remixes incluem versões de "The Mambo Craze", o seu maior sucesso até agora. O terceiro álbum,
"Death By Chocolate", é chique, sarcástico e mais experimental na instrumentação. Foi o primeiro a ter uma distribuição internacional, incluindo o Brasil, onde foi lançado no final do ano passado.
Leia trechos da entrevista:
O que significa o nome De Phazz? Significa: DEstination PHuture jAZZ.
Você está sempre mudando os nomes do seu estúdio de "Desecration Studio" em 1997, para o atual "Phazz-a-delic Studio" (no crédito de "Death By Chocolate"). O que significam estas mudanças? Adoro criar nomes. Neste caso significa que não é para levar este tipo de arte muito a sério. Significa que é música reciclada... Mas de bom gosto.
De-Phazz é uma banda, um projeto de um produtor, ou um grupo de músicos? Em palco somos basicamente sempre os mesmos músicos, mas no estúdio é sempre legal envolver mais colaboradores.
Qual a sua principal inspiração? A minha inspiração vem da música de hippies como The Dead (Greatful Dead), quando estou relaxando; de bandas alemãs dos anos 70 como Can, quando estou pesquisando, e de música popular alemã (German Schlager/pop) quando quero me divertir... Basicamente qualquer coisa que me anime e me coloque nos eixos naquele momento.
Alguma influência brasileira no seu som? Brasil sempre balança! É por isto que sempre acabo na direção da América do Sul ou até na do reggae. É que gosto muito de trabalhar com estes estilos no estúdio. É o que dá a graça à produção.
O que está acontecendo na música popular alemã hoje, se é que existe algo especificamente alemão? Bom, ouça música americana e você ouvirá também música alemã... Aí, depois de um tempinho, lá atrás você sempre achará alguma coisa interessante, alguns sons e barulhos inovadores... Até em música alemã.
Você cobriu uma área musical extensa desde o seu primeiro lançamento, "Detunized Gravity" (com bastante drum and bass) de 1997 até o atual, "Death by Chocolate". Como será o próximo álbum do De-Phazz? Como sou o produtor, será jazz, é claro.
O novo disco do De-Phazz ainda não tem data prevista para lançamento.
» Conheça o
site oficial do De-Phazz
» Ouça De-Phazz na Rádio UOL -
Death By Chocolate