Rodrigo Silveira
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Jan Fjeld
Com o cancelamento da apresentação de
Lee "Scratch" Perry para o tumultuado evento Dub Mamute no Sesc Pompéia, no final de semana (dias 30, 31 de agosto e primeiro de setembro), o público de São Paulo ficou com Mad Professor como atração internacional principal.
O desfalque de Lee Perry não representa lá grande perda, já que é justamente Mad Professor quem faz o dub e opera a mesa de mixagens, durante as apresentações de Lee Perry.
Na seqüência da sua própria apresentação, Mad Professor e sua banda, The Robotics -de baixo, bateria e piano-, apresentarão o set completo do Perry. O público ficou sem sua figura emblemática, mas permaneceu com o seu bom dub.
O Pulso conversou com o bem humorado Mad Professor, por telefone, do seu hotel em São Paulo. Mad Professor é um dos mais destacados e
influentes representantes do dub, um gênero musical que nasceu
junto com o reggae na ilha de Jamaica nos anos 60.
Na conversa, ele contou como serão os seus shows no Brasil e um pouco sobre a sua relação com Lee "Scratch" Perry". No momento da conversa, o cancelamento do Perry ainda não era oficial, embora Mad Professor afirmou que Perry até então não tinha embarcado de Londres.
O que você vai mostrar para o público brasileiro? Vou trazer o dub para o público. Mostrar dub em um cenário de remix. Para os shows no Brasil, vou recriar o estúdio misturando tecnologia e música ao vivo. Vou criar dub diante dos olhos do público. Vou mostrar que o dub faz você feliz, faz você dançar e mostrar a plena experiência do dub.
E como você fará isto já que você não toca discos nas suas apresentações? Não toco discos, faço dub. Bom, é um pouco complicado. Basicamente manipulo e misturo as minhas fitas com o que o Robotics toca ao vivo no palco pela minha mesa, trazendo assim o estúdio para o show.
O dub é basicamente algo feito em estúdio? Dub foi criado no estúdio, é a música criada pelos técnicos. Dub é o pai do tecno.
É a sua primeira vez no Brasil? O que você conhece de música brasileira? Sim, é a primeira vez no Brasil. Mesmo assim, é como chegar em casa. Sou da Guiana Inglesa e estou me sentindo em casa aqui. Só conheço os artistas brasileiros com quem trabalhei, a Cidade Negra e o Chico Science.
Como é a sua relação com Lee "Scratch" Perry, já que ele é conhecido como uma pessoa instável? Instável!. Isto é uma boa colocação- gosto da sua compreensão. Só posso falar que ele ainda não está aqui, mas espero que ele consiga pegar aquele avião em tempo...
» Leia a
entrevista que Lee Perry deu para a Folha de S.Paulo antes de cancelar a sua vinda.
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site do SESC para mais informações sobre o show.
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Black Ark em homenagem ao Lee Perry
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Upsetter em homenagem ao Lee Perry
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Mad Professor com Cidade Negra na Rádio UOL
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I Roy na Rádio UOL
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Prince Far I na Rádio UOL