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28/10/2006 - 02h42
Daft Punk transforma robôs em humanos com funk, house e electro

MARCELO NEGROMONTE
Enviado especial ao Rio


Alexandre Schneider/UOL

Os robôs Daft Punk no show na Marina da Glória

Os robôs Daft Punk no show na Marina da Glória


No futuro, os homens se comunicariam com extraterrestres através da música. Antes da primeira música do show do Daft Punk, a vinheta que caracteriza essa comunicação no filme "Contatos Imediatos do Terceiro Grau" (1977) foi executada. Os robôs franceses habitavam um futuro maquinal e idealizado pelos humanos desde sempre.

Com cores do Genius e formas do Tetris no palco, a apresentação da dupla francesa foi uma jornada de transformação dos homens-máquina para a condição de seres humanos. Com funk, vocoders, house, tecno e electro.

O espetáculo começou, com desrespeitosos 65 minutos de atraso, com "Robot Rock" (Rock do Robô) e terminou pouco mais de uma hora depois com "Human After All" (Humano Acima de Tudo). Os ingressos estavam esgotados (4.000), e o público, bastante entusiasmado com o "daft funk" executado às margens da baía da Guanabara.

Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo estavam vestidos com capacetes polidos, cromados e espelhados e com jaquetas Dior com o logo "Daft Punk" bordado nas costas, mesmo figurino usado pelos atores principais no filme "Electroma" (2006), dirigido por eles e no qual os robôs tentam justamente se transformar em humanos.

Característica constante durante toda a apresentação foi a inserção de samples de músicas da própria dupla nas canções originais. "Robot Rock" tinha vocal de "Human After All", "Aerodynamic" tinha trechos de "One More Time", e "Television Rules the Nation" ganhou enxertos de "Around the World". "Automixes" que funcionavam como ondas: a mesma música aparecia de diferentes maneiras no decorrer do show.

Posicionados dentro de uma pirâmide que exibia luzes em movimento (e, na última música, imagens de rostos humanos) em seus lados e no seu topo, os músicos eram ladeados por uma trama de triângulos que se iluminavam de cores diversas. Ao fundo, uma parede de pontos de luz mutantes. O resultado era "aerodinâmico", para usar uma música do duo.

Além das músicas próprias, o Daft Punk tocou "Touch It", do rapper Busta Rhymes, com samples de "Technologic", e remix da dupla para "Forget About the World", de Gabrielle, vocalista inglesa de r&b.

Não houve bis. Ao final da última música, os dois robôs se humanizaram: mandaram beijos para o público, aplaudiram a aceitação do show e exibiram dedos metálicos _um tinha mãos prateadas e o outro, douradas.

E o futuro virou passado.

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