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28/10/2007 - 01h35
The Killers comanda espetáculo para 4.000 pessoas no Rio de Janeiro

GUSTAVO MARTINS
Enviado especial ao Rio


Publius Vergilius / UOL

O cantor do Killers Brandon Flowers durante show no Rio de Janeiro (27/10/07)

O cantor do Killers Brandon Flowers durante show no Rio de Janeiro (27/10/07)


Atração principal do lotado palco "Novo Rock US" no Tim Festival, a banda The Killers fez lembrar a Las Vegas do espetáculo, na Marina da Glória neste sábado (27). Com um "Welcome" escrito em neón diante do teclado, a banda de Brandon Flowers, que já foi porteiro de cassino na cidade, começou a apresentação por volta das 22h.

Durante a introdução do show, imagens do encarte do segundo álbum da banda, "Sam's Town", de 2006 (trailers e carrosséis abandonados, cenas de deserto), eram projetadas no telão. A banda subiu ao palco sob muitos aplausos, que foram agradecidos efusivamente pelo vocalista, e começou o show com a música "Sam's Town", para a alegria dos 4.000 presentes. Brandon comanda o show e a platéia com a segurança de um veterano.

Para ganhar de vez a audiência, o cantor tocou um trecho de "Enterlude" ao teclado e elogiou as "vozes bonitas" dos fãs. Seguiu-se o single "When You Were Young", e o público era dele.

A seguinte foi "Bones", executada com perfeição. Brandon está em pleno domínio de sua voz, o baixista Mark Stoermer e o baterista Ronnie Vannucci Jr. têm boa presença no palco e o guitarrista Dave Keuning, sósia de Brian May, usava até terno branco como o guitarrsita do Queen. Ao vivo, a banda tem o apoio do guitarrista e tecladista Ted Sablay.

Veio então o primeiro grande hit, a irresistível "Somebody Told Me", que colocou todos para dançar, ainda que tocada em versão mais lenta. "Smile Like You Mean It" também teve sua velocidade diminuída e contrastou bem com "Jenny Was a Friend of Mine", que deu ao baixista um animado momento solo, e o público cantou junto a pedido de Flowers.

"Uncle Johnny" foi o único tropeço do repertório, desanimada e sem apoio do público, mas um erro logo apagado pelo virtuoso vocal de "This River Is Wild". O refrão da música seguinte, "Read My Mind", diz "I don't mind if you don't mind/ 'cause I don't shine if you don't shine" e foi cantado por todos.

Após uma boa execução de "On Top", "Bling (Confessions of a King)" passou um pouco apagada, precedendo o grande momento da noite, "Mr. Brightside". A canção resume toda a força dos Killers: refrão glorioso, um toque de sintetizadores, pequenos e memoráveis riffs de guitarra e bateria simples e dançante. A energia liberada pelo público, com a ajuda de Brandon e do jogo de luzes, atingiu picos até então inéditos na tenda.

Breve pausa para o bis, e a banda voltou com sua versão de "Shadowplay", do Joy Division, à frente de uma interessante iluminação verde. "My List", originalmente programada no setlist, não foi executada.

O fim do show foi formado pela dobradinha "For Reasons Unknow" e "All The Things That I've Done". Nesta última, outro momento grandioso: enquanto Dave Keuning segurava um mesmo acorde por quase um minuto, Brandon Flowers subia em cima do teclado e apontava o microfone para a platéia, que entendeu o recado e fez o coro "I've got soul, but I'm not a soldier" a plenos pulmões. Um final à altura do show, às 23h30.