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28/10/2007 - 06h03
Girl Talk faz público gastar as últimas energias na manhã de domingo no Tim

GUSTAVO MARTINS
Enviado especial ao Rio



O produtor norte-americano Greg Gillis, que atende pelo nome de Girl Talk, é um legítimo fanfarrão. Ele mistura pedaços de dezenas de músicas conhecidas em um gigantesco mash-up. Às 4h20 de domingo, quando ninguém mais parecia disposto a pular na tenda secundária do Tim Festival, Girl Talk fez com que as últimas energias do público do local fossem gastas --e atraiu mais gente também.

Com a tenda com menos de um décimo de sua capacidade preenchida no início do show, Gillis convocou todos para perto e se apresentou como um produtor de "party jams". Ao vivo, ele faz muito pouca coisa além de dar uns toques de mouse em seu laptop, mas sua dança epilética é um espetáculo à parte e fica mais frenética a cada novo sample inserido no mix.

No momento em que se ouviam os acordes distorcidos de "Today", do Smashing Pumpkins, sobrepostos a um vocal feminino, o produtor mandou várias pessoas subirem no palco, o que tornou o clima mais divertido.

Em menos de 20 minutos, cerca de mil pessoas, a metade da lotação do lugar, se aglomeraram e ninguém parecia querer sair. Os momentos de maior euforia aconteceram quando se ouviram trechos do Daft Punk, "Harder, Better, Faster, Stronger" e "Around the World", mas pedaços de Avril Lavigne, Michael Jackson e Kelly Clarkson também fizeram sucesso.

Para encerrar seu set, Gillis interrompeu a mixagem e mostrou sua versão para "Scentless Apprendice", do Nirvana, obviamente muito diferente da original, mas cantada com demência semelhante. O produtor pulou na platéia, foi jogado para o alto, rasgou sua camisa e despediu-se dizendo "obrigado, Brasil, tive ótimas férias". Um fanfarrão mesmo.