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30/10/2007 - 17h17
Tim Festival reúne 57.100 pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória

Da Redação

Alexandre Schneider/UOL

Apresentação da cantora Björk no Anhembi, em São Paulo (28/10/07)

Apresentação da cantora Björk no Anhembi, em São Paulo (28/10/07)


Os shows do Tim Festival em São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória reuniram um público total de 57.100 pessoas entre os dias 25 e 29 de outubro. Nesta quarta-feira (31) acontece o último show do evento, em Curitiba. Até o momento foram vendidos 10 mil ingressos para as apresentações na Pedreira Paulo Leminski, que tem capacidade para 20 mil pessoas.

No Rio de Janeiro, 27.000 pessoas foram à Marina da Glória na sexta-feira (26) e sábado (27). Em São Paulo, a programação foi dividida entre o Auditório Ibirapuera (3.400 pessoas em quatro dias de shows), The Week (2.000 pessoas no dia 26) e Arena Skol Anhembi (23.200 pessoas no dia 28). Já em Vitória foram 1.500 pessoas em três dias de apresentações.

Em 2006, o evento teve um público total de 52 mil pessoas nas quatro cidades. No ano anterior, foram 61 mil em São Paulo e Rio.

A quinta edição do Tim passou por mudanças em relação às anteriores. Desta vez, a programação carioca foi dividida em dois dias apenas, em vez de três como antes. São Paulo recebeu a mesma programação --dividida em cinco dias-- com exceção de Diplo e DJ Marlboro. Nos dois anos anteriores, apenas os principais nomes da escalação pop e os músicos de jazz vieram à cidade.

Destaques
A programação do evento em 2007 teve como principais atrações o grupo norte-americano The Killers, os ingleses do Arctic Monkeys e a islandesa Björk --que pode ser considerada a única veterana entre os artistas pop. Essa edição teve ainda a participação de nomes como Juliette & The Licks, Cat Power, Antony and The Johnsons e Girl Talk, entre outros.

No Rio, o Killers fez um dos shows mais animados, repleto de hits tirados dos dois álbuns lançados até agora. Em um cenário que misturava neon, muitas lâmpadas, flores e até mesmo árvores, o grupo liderado pelo vocalista Brandon Flowers deu ao público um espetáculo que lembrava a Las Vegas natal da banda.

Björk veio ao país pela terceira vez, agora com a turnê do disco "Volta", lançado neste ano. O cenário impecável era formado por bandeiras coloridas, um coral de dez cantoras --que também formavam uma orquestra de sopro--, e monitores de LCD que exibiam imagens dos músicos que a acompanham, como o inglês Mark Bell, manuseando o audiopad, instrumento cujos sons sintéticos saem a partir de movimentações de peças em uma tela.

Já os garotos ingleses do Arctic Monkeys centraram suas apresentações na qualidade das músicas de seus dois álbuns: "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not", de 2006, e "Favourite Worst Nightmare", de 2007. No palco, o vocalista e guitarrista Alex Turner e seus perceiros tinham como companhia apenas alguns refletores de luz branca que ficavam atrás da banda.

A atriz e cantora Juliette Lewis fez uma apresentação vigorosa na Marina da Glória, graças principalmente à performance elétrica da vocalista, que não pára um minuto sobre o palco. O som da banda, rock'n'roll básico de canções pouco inspiradas, não conseguiu a mesma receptividade no palco muito maior de São Paulo.

Cat Power e o grupo Antony and The Johnsons fizeram jornada dupla no festival. Com a ausência de última hora de Feist, os dois foram escaladas para se apresentar no lugar da canadense. Cat Power fez dois shows no Auditório Ibirapuera (dias 25 e 27). Já Antony, tocou duas vezes na sexta (26).

Cansaço em São Paulo
A apresentação das principais atrações em São Paulo, no domingo (28), foi marcada principalmente pelo atraso entre os shows, falta de cerveja, água e organização. O Killers, último nome da escalação, subiu ao palco às 4h, três horas depois do horário previsto. Nove horas depois de iniciada a programação, boa parte do público foi vencido pelo cansaço e deixou o Anhembi antes do fim do show.

Segundo a organização, os atrasos foram causados pela chuva forte que caiu sobre São Paulo no sábado, fazendo com que Björk e The Killers fizessem a passagem de som no próprio domingo. Somem-se a isso o intervalo de quase uma hora para que o palco da islandesa fosse desmontado, a pausa causada no meio do show do Hot Chip devido a uma pane no sistema de som, e a meia hora de atraso para o início do primeiro show da noite, do Spank Rock, marcado originalmente para as 18h30. Felizmente a chuva deu uma trégua no dia.

Curitiba
As apresentações de Curitiba acontecem nesta quarta-feira (31), a partir das 19h, na Pedreira Paulo Leminski. A primeira banda a se apresentar é o Hot Chip. Em seguida tocam Björk, Arctic Monkeys e The Killers. O ingresso custa R$ 60.

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