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Veteranos do Kraftwerk tocam no Sónar SP com telão 3D e público de óculos especiais

Público assiste ao show do Kraftwerk de óculos no Sónar SP 2012 (11/5/12) - Fernando Donasci/UOL
Público assiste ao show do Kraftwerk de óculos no Sónar SP 2012 (11/5/12) Imagem: Fernando Donasci/UOL

Estefani Medeiros

Do UOL, em São Paulo

12/05/2012 02h40

Formado na década de 70, o quarteto alemão de música eletrônica Kraftwerk agradou o público do Sónar SP nesta sexta (11), com hits de sua carreira e uma experiência de show tridimensional. A banda substituiu a cantora Björk, que cancelou sua participação no evento.

Na prática, o suporte visual mostra as animações que já acompanham os shows da banda, adaptadas para três dimensões. O público recebeu os óculos para assistir a apresentação já na entrada do evento. Com três telões, o recurso funcionou como mais um elemento incorporado à já performática apresentação da banda.
 
Os alemães abriram o show no país por volta de 23h30 com "The Robots". Sob gritos da plateia, quatro bonecos robôs dos integrantes tomaram os telões do palco Sónar Club. 
 
 
O público foi bastante receptivo à experiência e, além de não tirar os óculos, também brincava com as imagens "no ar" e reagia às cenas com maior profundidade. 
 
Uma tela de números convidou o público a ouvir "Numbers", seguida de "Computer World". Imagens icônicas, como um Fusca e uma estrada, introduziram "Autobahn", single do álbum homônimo, de 1974. Bem semelhante ao setlist apresentado no país em 2009, no festival Just a Fest, o grupo ainda tocou "Tour de France" e "Trans-Europe Express", de 1977. 
 
Ralf Hütter, único membro da formação original, é quem comanda os vocais da apresentação sem muito carisma ou médias com o público, e é o último a deixar o palco ao som de "Musique Non Stop".
 
Os alemães apresentaram aqui um show pouco visto em outros países. O público paulistano teve oportunidade de ver ao vivo parte do material em 3D criado para a retrospectiva no MoMa, em Nova York.
 
Ao final do show, a percepção é que o Kraftwerk ainda mostra frescor no palco, mesmo sendo formada por sessentões. Entregam à seu público canções de quarenta anos atrás em versões repaginadas e com tecnologia visual avançada. Com um show assim, quem liga para a frieza de Hütter?