Sónar SP: mistura de shows funcionou no festival, mas atrasos e Cee Lo emperraram
A segunda e maior edição do festival espanhol Sónar em São Paulo, realizada nos dias 11 e 12 de maio no Parque Anhembi, foi marcada por uma mistura equilibrada de shows, que foram do dançante ao experimental. Por outro lado, furtos de celulares e as filas fizeram o público sofrer nos dois dias.
Com apresentações que passaram por diferentes gerações da música eletrônica, de Kraftwerk a Justice, de Skream a James Blake, o público conseguiu vivenciar experiências audiovisuais variadas. E também ver novos projetos e conhecer alguns trabalhos pela primeira vez, como o radiofônico Cee Lo Green e os minimalistas Alva Noto & Ryuichi Sakamoto.
Mesmo sem ingressos esgotados, o festival encheu. Os palcos cobertos é que fizeram a diferença na fria madrugada paulistana.
Veja abaixo o que foi música e o que foi ruído no Sónar SP.
O QUE FUNCIONOU:
3D do Kraftwerk
A experiência 3D dos alemães do Kraftwerk agradou o público, que foi bem receptivo ao material apresentado pela banda e reagiu aos efeitos de naves e robôs saltando na tela. A apresentação em si segue um setlist parecido com o que o grupo trouxe ao Brasil, em 2009, no festival Just a Fest. Mas a retrospectiva apresentada no MoMA, em Nova York, requentou o trabalho do quarteto liderado por Ralf Hütter, e trouxe versões mais dançantes.
Justice e Mogwai
O duo francês Justice durante show o Sónar (12/5/12)
Duas atrações foram bastante comentadas pelo público que foi ao festival no sábado, foram o duo francês Justice e a banda de post-rock Mogwai. O Justice se tornou a atração mais aclamada do palco principal, o Sónar Club, depois de fazer um show dançante e pesado.
O Mogwai convidou os fãs para o intimismo do Sónar Hall e tocou músicas como "White Noise", "Werewolf" e "Jim Morrison". Com um bom acompanhamento visual, o show tinha tons azuis nas músicas mais calmas e piscando nas horas rápidas e barulhentas.
Rap agradou
O rapper Criolo disputou o horário com os veteranos do Kraftwerk (12/5/12)
A primeira noite de Sónar recebeu os rappers brasileiros Emicida, Criolo, Zegon e o back to back de Marky vs Patife. Com exceção de Criolo, que competiu com o horário do Kraftwerk, os shows foram cheios e com o público animado.
Experimentalismo x dançantes
A variação entre sons mais experimentais e dançantes fez com que o público tivesse opções bem diferentes dentro do mesmo horário. A apresentação do projeto de Alva Noto e Ryuichi Sakamoto no Sónar Hall foi um dos grandes momentos do auditório, que lotou, trouxe um público atento e que acompanhou o show de forma contemplativa. Para quem queria dançar, os veteranos Jeff Mills e o duo Modeselektor foram algumas das atrações que seguraram o público que ficou até mais tarde e fez do Sónar Club uma balada.
Entrada e saída
A proposta de deixar o público entrar e sair do festival funcionou bem e bastava pegar uma pulseira com nome e RG para conseguir sair do Parque Anhembi. A entrada de volta também foi sem filas ou tumultos.
O QUE NÃO FUNCIONOU:
Show do Cee Lo Green
Cee Lo Green toca para público no sábado (12/5/12)
O cantor americano parte do projeto Gnarls Barkley até tentou segurar o público com a cover de "Let's Dance", de David Bowie, e a apresentação de seu antigo grupo de rap, mas o show foi sofrido e só "F**k You" fez o público reagir a apresentação de forma mais calorosa.
Furtos
O festival foi marcado por diversos furtos de aparelhos celular. A polícia chegou a prender três estrangeiros --dois peruanos e um equatoriano-- com mais de dez celulares.
Entrada tumultuada no primeiro dia
O primeiro dia foi marcado por um tumulto para entrar no festival por causa do atraso na troca do voucher pelo ingresso na bilheteria.
Atrasos e problemas no som
Nos dois dias de evento, alguns shows foram atrasados em até 40 minutos. Alguns problemas no som atrapalharam show no Sónar Hall durante a apresentação do DJ SILVA e no palco principal Cee Lo teve alguns problemas de microfonia.
Falta de sinalização
A novidade do espaço fez com que muita gente se perdesse para chegar de um palco ao outro. A falta de avisos de uma rota alternativa para acessar os palcos por fora fez com que nos horários picos de shows o corredor central ficasse congestionado.
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