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Médico de Michael Jackson é entrevistado pela polícia

Michael Jackson saúda o público ao receber prêmio de artista do século no American Music Awards, em Los Angeles (02/01/2002) -
Michael Jackson saúda o público ao receber prêmio de artista do século no American Music Awards, em Los Angeles (02/01/2002)

28/06/2009 12h32

A polícia de Los Angeles disse neste domingo (28) que realizou uma "extensa entrevista" com o médico do cantor Michael Jackson, Conrad Murray. O médico, que estava com o cantor quando ele ficou inconsciente na quinta-feira (25) e teria desaparecido logo depois, forneceu informações que vão ajudar nas investigações sobre a causa da morte, ainda segundo a polícia.

Uma porta-voz de Murray disse que o médico foi entrevistado durante três horas no sábado, mas insistiu que ele não é suspeito no caso. Miranda Sevcik disse que o médico ajudou a identificar as circunstâncias cercando a morte do ícone do pop e esclarecer algumas inconsistências. "Investigadores disseram que o médico não é de nenhuma forma um suspeito e permanece sendo uma testemunha dessa tragédia", disse ela.

A porta-voz afirmou ainda que Murray "tem sentimentos tão profundos sobre sua relação com Michael Jackson que está fazendo qualquer coisa que puder fazer para ajudar essa investigação a ter uma resolução". Ela afirmou que o médico acompanhou o cantor na ambulância, ficou horas no hospital consolando a família Jackson e permanecerá em Los Angeles para ajudar com as investigações policiais.
 

Murray havia sido contratado por Michael Jackson em maio, para acompanhar as preparações do cantor para enfrentar a maratona de 50 shows planejados para Londres, em julho. Há relatos de que o médico, que tem 51 anos e possui consultórios em Las Vegas e Houston, teria tentado ressuscitar o cantor até que os paramédicos chegassem ao local.

Perguntas
No sábado, o pastor Jesse Jackson, amigo da família, disse que os parentes do cantor deverão pedir uma autópsia independente para investigar a causa de sua morte. O pastor e ativista do movimento negro americano disse em entrevista à rede americana de TV ABC que a família de Michael Jackson estaria frustrada com a quantidade de perguntas ainda sem resposta em relação à morte do cantor.

Para Jesse Jackson, que apesar do sobrenome não tem parentesco com o cantor, a atitude do médico levanta suspeitas. "Quando esse médico veio? O que ele fez? Ele deu uma injeção, e se deu, de que?", questionou. "Sua ausência (do médico) levanta questões substanciais que não vão sumir enquanto não forem respondidas."

 

Segundo ele, a família do cantor tem suspeitas sobre Murray. "E eles têm uma verdadeira razão para ter suspeitas, porque qualquer outro médico diria: 'Isso é o que aconteceu na última hora de sua vida e eu estava lá. Eu dei a ele uma medicação'", afirmou o pastor.

Após a autópsia no corpo do cantor, na sexta-feira (26), investigadores disseram que não há indícios de que a morte de Michael Jackson tenha sido um crime, mas não determinaram qual a causa da morte, dizendo que os exames de toxicologia demorarão semanas para ficar prontos.

Um porta-voz dos investigadores disse que o cantor havia tomado "algum medicamento", sem especificar qual. Relatos não confirmados dizem que Michael Jackson, que tinha 50 anos, estava tomando uma dose diária de Demerol, um forte analgésico.