"One", do U2, completa 20 anos nesta terça-feira


  • Lucas Lima/UOL

    Bono no primeiro dos três shows do U2 em São Paulo para mostrar a turnê "360º" (09/04/2011)

    Bono no primeiro dos três shows do U2 em São Paulo para mostrar a turnê "360º" (09/04/2011)

  • http://img.uol.com.br/ico_ouvir.gif Ouça "One", do U2

O U2 comemora nesta terça-feira 20 anos de lançamento do single de "One", uma música "incrivelmente emotiva" que vai "direto ao coração", como a definiu o guitarrista The Edge, criador de uma das melodias mais admiradas pelos fãs da banda.

"One" foi o terceiro single do álbum "Achtung Baby" (1991), trabalho produzido em Berlim por Daniel Lanois e Brian Eno, e com o qual o U2 estabeleceu o objetivo de "tentar de novo", após os monumentais "The Joshua Tree" (1987) e "Rattle and Hum" (1988).

No entanto, a música nunca chegou ao número um das listas de sucessos após ser lançada em 6 de março de 1992, situação que "decepcionou um pouco" a banda, como disse o vocalista Bono no livro "U2 por U2". Também causou surpresa que, embora fale da dor que causa a separação de duas pessoas, o hit seja visto por milhões de fãs como um hino ao amor.

"Nunca entendi por que as pessoas querem colocá-la em seu casamento. Conheci muitas pessoas que fizeram isso. E sempre pergunto a elas: você está louco? Essa música fala de separação!".

Porém, esse single parece ter gerado outras más interpretações. Depois que Bono (Paul Hewson), The Edge (David Evans), Larry Mullen e Adam Clayton anunciaram que os lucros de "One" iriam para a luta contra a Aids, o fotógrafo Anton Corbijn apresentou à banda sua ideia para o videoclipe promocional.

No vídeo, que contou ainda com a participação do pai de Bono, o quarteto posou como travestis em um cenário decadente, refletindo também uma época marcada pela recente queda do muro de Berlim.

O U2 teve receio, no entanto, de que certos setores interpretassem que estavam relacionando a Aids exclusivamente com a sexualidade, e decidiram vetar o vídeo e contratar Mark Pellington para gravar uma versão mais sóbria e conceitual, que foi bem recebida, por exemplo, pela "MTV".

No entanto, era uma ideia muito repetitiva, e o U2 pensou que a música ficaria mais tempo nas listas de sucessos com uma versão mais convencional. A banda contratou então Phil Joanou, com quem já havia trabalhado no álbum "Rattle and Hum", e gravou o terceiro clipe.

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