Michael Jackson 1958-2009
28/04/2007 - 10h16 Amy Winehouse, Gogol Bordello e Tilly and The Wall surpreendem nas tendas do Coachella FERNANDO KAIDA
Cerca de dez horas de shows que acontecem simultaneamente em cinco palcos fazem que com surpresas inevitavelmente surjam durante um festival como o de Coachella A primeira delas veio com a banda Tilly and The Wall, de Omaha, EUA. O quinteto feminino faz do sapateado uma forma de percussão em canções indie pop de melodias deliciosas. À frente da banda estão as vocalistas Kianna Alarid, Neely Jenkins e Derek Pressnall, que promovem uma verdadeira festa no palco, mais ou menos como fazem as Pipettes, porém sem os vestidos de bolinhas e coreografias ensaiadas. A banda tocou na tenda Mojave (as tendas têm nomes de desertos como Gobi e Sahara), logo depois dos roqueiros Noisettes e Tokyo Police Club, que reuniram mais público, já que não dividiraam o horário com outra atração de peso. O Tilly and The Wall atraiu um bom público enquanto o Of Montreal tocava no segundo palco ao ar livre. Amy Winehouse Pouco depois do show do Tilly and The Wall, mas na tenda Gobi, a menor das três do evento, a inglesa Amy Winehouse mostrou que tem cacife para palcos bem maiores. Antes mesmo do começo da apresentação, havia muita gente do lado de fora da tenda, e os fotógrafos disputavam cada centímetro na área na frente do palco reservada a eles. Acompanhada por uma banda afiada, com dois backing vocals/dançarinos, a inglesa mostrou sua releitura de soul e r&b dos anos 50 e 60 vestida com short jeans e camiseta regata branca. Winehouse entrou ovacionada pela platéia, tirou o sapato de salto, fez piada com seu altura acima da média e rebolou enquanto a tenda quase vinha abaixo. Sair do local durante o show era praticamente impossível. Ucrânia versus Islândia Não é tarefa das mais simples dividir o mesmo horário que a atração principal do dia, mas a banda nova-iorquina Gogol Bordello, liderada pelo ucraniano Eugene Hütz, manteve a tenda Mojave cheia enquanto Björk cantava no palco principal. O punk cigano de Hütz e sua banda foi uma boa opção para escapar do clima contemplativo-eletrônico da cantora islandesa. Em "Start Wearing Purple", o vocalista, sobre os ombros de um segurança, comandou uma platéia alucinada. Com violino, acordeão, guitarras altas e bateria acelerada, o grupo levou uma espécie de fanfarra caótica ao deserto de Coachella.
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