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Destaques do jazz, blues e soul em 2004


Careless Love
Rounder
R$ 55 (importado)
http://www1.uol.com.br/radiouol/abreradio.htm?canal=465
27/09/2004

MADELEINE PEYROUX

Careless Love

Segundo disco da cantora americana criada na França, lançado oito anos depois de sua aclamada estréia fonográfica, "Dreamland", de 96. Peyroux é dona de uma voz rouca e grave, com um timbre e fraseado que lembram de maneira desconcertante a cantora Billie Holyday no que ela tinha de melhor. Isso também poderia sugerir alguém com muito mais que os 31 anos que a cantora tem de fato. No disco, Peyroux interpreta canções de inegável apelo jazzístico, como o standard "Don't Cry Baby", alternadas com outras de um sentimento pop sinuoso, como a sensual "Dance me to the End of Love", de Leonard Cohen. Outros destaques são a melancólica valsa "Between the Bars" e a regravação de "You're Gonna Make me Lonesome When You Go", de Bob Dylan. (Antonio Farinaci)
The Magic Hour
Blue Note
R$ 58 (importado)
22/04/2004

WYNTON MARSALIS QUARTET

The Magic Hour

Neste disco, que marca a estréia de Wynton Marsalis no prestigioso selo de jazz Blue Note, o músico dá um tempo dos grandes grupos com que trabalhou recentemente --em sua gravação anterior, "All Rise", havia mais de 200 músicos envolvidos-- e retorna a uma formação básica, acompanhado apenas por piano, baixo e bateria. Marsalis conheceu os instrumentistas --todos entre 20 a 30 anos-- quando eram ainda adolescentes estudantes de música, o que só contribui com o clima intimista do disco. Outros velhos conhecidos, os cantores Dianne Reeves e Bobby McFerrin emprestam sua voz a duas faixas do disco. Em entrevista à CNN, Marsalis declarou que pretendia dar um clima descontraído ao disco, com improvisações sobre temas simples, como numa "festa" em sua casa: "Eu sempre dou festas em casa, com gente tocando, e as pessoas diziam, 'você precisa gravar isso!'". Musicalmente, "The Magic Hour" mostra que Marsalis continua fiel a seu jazz inspirado no Miles Davis dos anos 60, e que rejeita o fusion, "vanguardices" ou referências fáceis ao pop. (Antonio Farinaci)
Feels Like Home
EMI
R$ 35
12/02/2004

NORAH JONES

Feels Like Home

"Os fãs da voz levemente rouca, dos arranjos suaves e das canções delicadas e românticas de Norah Jones podem ficar tranqüilos. Nas 13 faixas que compõem "Feels like Home", o novo CD da cantora americana, terão mais do mesmo, ou algo bem próximo do que ouviram no best-seller "Come Away with Me" (2002)." (Leia mais na Folha Online)
Me and Mr. Johnson
Warner
R$ 38,90
http://www1.uol.com.br/radiouol/abreradio.htm?canal=465
01/04/2004

ERIC CLAPTON

Me and Mr. Johnson

A reinterpretação da música de Robert Johnson pelas mãos de Eric Clapton não é uma volta às raízes, mas talvez uma busca por inspiração. E essa procura é válida, afinal, o blueseiro negro foi aquele que, reza a lenda, vendeu sua alma ao diabo em uma encruzilhada, perto do Delta do Mississippi, para tocar "possuído". Apesar das composições manterem pouco de seu aspecto original (uma vez que com Johnson era só voz e violão e com Clapton é uma banda com bateria e piano, na verve do blues de Chicago), elas continuam com seu corpo e genuinidade intactas, preservadas mesmo depois de reinterpretadas -ou talvez "deturpadas" para os mais puristas. Mesmo assim, o blues flui pelos dedos de Clapton, esteja ele possuído ou não pelo espírito de Johnson (que só compôs 29 canções ao longo da breve e seminal carreira), e a produção deixa a música com clima empolgante. Apesar de toda projeção do disco, graças ao nome de Clapton, o álbum é despretensioso e certeiro em seu objetivo - mostrar como um influenciou o outro e o resultado disso. E o clima "piano-de-bar-de-velho-oeste-que-toca-sozinho" de faixas como "They're Red Hot" não deixa poeira nenhuma baixar. (Augusto Olivani)
Beautifully Human: Words and Sounds, Vol. 2
Sony
R$31,80
http://www1.uol.com.br/radiouol/abreradio.htm?canal=465
28/10/2004

JILL SCOTT

Beautifully Human: Words and Sounds, Vol. 2

Em seu segundo álbum de estúdio, a cantora norte-americana Jill Scott apresenta uma seleção de canções que passeiam pelo soul, funk, jazz e hip hop com grande desenvoltura. Com sonoridade que remete aos anos 60 e 70, Scott coloca sua bela voz a serviço de canções com arranjos elegantes e batidas suaves e funkeadas. Uma das melhores características do disco está no fato de Scott saber dosar perfeitamente sua potência vocal, evitando exageros e mantendo sempre a mesma elegância em sua interpretação, seja em baladas, como "Cross My Mind", ou nos momentos mais agitados, que tem na faixa "Golden" um dos pontos altos do CD. (Fernando Kaida)
Mind, Body & Soul
EMI
R$24,90
http://www1.uol.com.br/radiouol/abreradio.htm?canal=172
28/10/2004

JOSS STONE

Mind, Body & Soul

Um ano após o lançamento de sua estréia "Soul Sessions", a cantora inglesa Joss Stone chega com seu segundo álbum, "Mind, Body & Soul". O novo trabalho vem com a responsabilidade de provar se a adolescente inglesa tem talento para manter as boas críticas recebidas com sua entrada no mundo da música, e ainda atingir um maior público. Acompanhada por alguns dos mesmo colaboradores do disco anterior, como a cantora Betty Wright, Stone mostra maior confiança, com uma seleção de músicas inéditas, e também abre seu horizonte musical. Antes centrada principalmente no soul, agora a cantora adiciona elementos do pop e rhythm & blues atual -- como na faixas "You Had Me" e "Young At Heart"--, e até reggae, em "Less Is More", que podem ajudar a atrair um público mais jovem. Contudo, nas baladas a cantora ainda se mostra irregular, exagerando nas interpretações e na escolha dos arranjos, um tanto "melosos", como em "Security". O resultado final, porém, é positivo e mostra a clara evolução de Stone. (Fernando Kaida)
The Girl in the Other Room
Universal
R$ 32,90
http://www1.uol.com.br/radiouol/abreradio.htm?canal=465
30/04/2004

DIANA KRALL

The Girl in the Other Room

Este é o primeiro disco da jazzista canadense a incluir músicas de sua autoria. Sem nunca se render a standards do repertório, a cantora e pianista apresenta parcerias suas com o marido, Elvis Costello, ao lado de canções de Tom Waits, Joni Mitchell, Mose Allison e do próprio Costello. Apesar de sua técnica pianística e desenvoltura como cantora, o disco padece de um certo espírito burocrático que fica bem evidente na regravação de músicas como "Temptation", de Waits, e "Stop this World", de Allison. Krall como que apara as arestas das canções, tira-lhes o sangue e o suor, torna-as "perfeitas", e faz com que fiquem... chatas. Ainda assim, as regravações são as melhores faixas do disco, que, no geral, soa aborrecido --apesar, ou justamente por causa, de tanta "competência". (Antonio Farinaci)
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