Michael Jackson 1958-2009
Roberto Carlos
50 anos UOL Megashow | Destaques do rap em 2004 | | | Universal R$33 http://www1.uol.com.br/radiouol/abreradio.htm?canal=467 29/01/2004 JAY-Z The Black Album Em vez de esperar que sua carreira musical entrasse em declínio antes de se aposentar, Jay-Z decidiu sair do jogo enquanto está no topo. No ano passado, o rapper anunciou que "The Black Album" seria o seu último CD. Para a despedida em grande estilo, Jay-Z contou com a colaboração dos produtores Timbaland, Neptunes e Rick Rubin em algumas das faixas do disco. O clima de despedida está presente logo na primeira música, "December 4th", data de nascimento do rapper, na qual Jay-Z canta sobre sua vida e traz samples de sua mãe falando sobre sua infância. Estão ainda entre os destaques do disco "What More Can I Say", com samples do filme "Gladiador"; "Justify My Thug", que tem refrão inspirado em "Justify my Love", de Madonna; "Lucifer" e "99 Problems". Curiosamente, as produções de Eminem -"Moment of Clarity"- e The Neptunes -"Change Clothes"- estão entre as decepções do disco. Com maior número de acertos que erros, Jay-Z consegue, com "The Black Album", sair de cena com o jogo ainda a seu favor. (Fernando Kaida) Universal R$ 35 http://www1.uol.com.br/radiouol/abreradio.htm?canal=467 26/11/2004 EMINEM Encore Cultura pop, trash, ofensas pessoais, brigas, violência... tudo é assunto para Eminem e é transformado em histórias disparadas em velocidade alta. O problema com "Encore", seu quinto álbum, que chega ao Brasil, é que o rapper parece cansado, sem ter o que falar -e nem Michael Jackson e Bush como os alvos da hora resolvem. (Thiago Ney) (Leia mais na Folha de S.Paulo) EMI R$ 35,50 15/04/2004 N.E.R.D. Fly Or Die Como produtores, sob a alcunha de Neptunes, eles já produziram hits para Justin Timberlake ("Rock Your Body"), Snoop Dogg ("Beautiful"), 'NSync ("Girlfriend"), Britney Spears ("I'm Slave 4 U"), Usher ("U Don't Have to Call") e muitos outros. Como banda, Pharrel Williams e Chad Hugo, mais Rob "Shay" Walker, já haviam dado corpo -e um certo conceito- às suas idéias sonoras em "In Search Of...", disco original de 2001 que, feito à base de samples, foi totalmente refeito instrumentalmente e lançado oficialmente em 2002. E que conceito era esse? Ao lapidar um amálgama de hip-hop-pop-rock, com suspiros de r&b, o N*E*R*D (abreviação para No One Ever Really Dies) alternava riffs distorcidos, concisos e incisivos, com baladas acústicas de levada grooveadas. Mas a fórmula, por conta da superexposição recente, tanto pelas produções próprias quanto as feitas para terceiros, não sustentaria outro disco, mesmo porque já estava lapidada o suficiente. Em "Fly or Die", o novo disco, os netunos Pharrel Williams e Chad Hugo tomaram para si a responsabilidade de cuidar da instrumentação. Se a sonoridade do grupo se mantém característica, a lógica empregada nas canções é diferente daquilo que se podia esperar. Mais uma vez, a necessidade rítmica de uma bateria de verdade e a forma como seu som é gravado são escolhas acertadas do N*E*R*D. Os arranjos vocais são outro pilar de sustentação. Apesar do teor das letras ser deveras ridículo ("Her ass is a spaceship I want to ride" é verso do primeiro single "She Wants to Move", sem contar a profusão de palavras felinas como "sexy", "foxy" e "baddass"), sonoramente elas funcionam, e é isso o que importa. E se a base é sólida, o grupo assim teve liberdade para viajar em arranjos de teclados, muitas vezes revisitando uma sonoridade explorada pelo funk do fim dos anos 70. Os riffs de guitarra, muitas vezes de cadência hard rock, são outra força do ritmo balançante do grupo. E a alternância dos arranjos fazem a música do grupo passear pelos mais variados estilos da música negra, muitas vezes excursionando pelo soul. A própria disposição e ordenação das faixas demonstra um controle muito grande da banda em relação ao seu material, puxando e empolgando mais no começo, relaxando do meio para o fim. Com o seu segundo disco, o N*E*R*D mostra que seu papel no mundo da música hoje não é importante à toa. (AO) EMI R$29,90 02/07/2004 BEASTIE BOYS To The 5 Boroughs "O disco aproveita o sentimento de reconstrução que assolou a maior cidade dos EUA após o 11 de Setembro para fazer duras críticas à mentalidade estreita da administração Bush. 'George W. não é nada meu', cantam em 'That It's that All', 'temos que tirar o poder dele'. Em 'Time to Built', depois de cantarem sobre terem 'um presidente que nunca foi eleito', critica a xenofobia crescente nos EUA: 'Por que você odeia pessoas que nunca viu? Sua mãe não te deu educação?'. 'All Lifestyles' bate na mesma tecla, só que num outro ponto de vista: 'Temos que manter a festa rolando/ Todos os estilos de vida, tamanhos, formas e formatos'". (Leia mais na Folha de S.Paulo) Universal R$34,90 http://www1.uol.com.br/radiouol/abreradio.htm?canal=467 28/10/2004 KANYE WEST The College Dropout Antes de chegar a seu primeiro disco solo, Kanye West já era um respeitado produtor graças ao trabalho com cantores como Alicia Keys e o rapper Jay-Z, que lançou este "The College Dropout" por seu selo Roc-A-Fella. A experiência na produção de West pode ser notada na escolha e uso acertado de samples e nas referências ao soul e gospel utilizadas no álbum. Porém, com 21 faixas, "The College Dropout" peca pelo excesso e, infelizmente, dilui bons momentos como "All Falls Down", "Spaceship", "Two Words" e a melhor faixa do disco, "Through The Wire", que traz sample de "Through The Fire", de Chaka Khan. (Fernando Kaida) BMG R$ 30,50 http://www1.uol.com.br/radiouol/abreradio.htm?canal=467 22/04/2004 USHER Confessions O quinto álbum do cantor de Atlanta é o atual sucesso da parada norte-americana de r&b e lidera há três semanas a lista da revista "Billboard". "Confessions" possui todos os elementos presentes nos discos do estilo lançados hoje em dia: tem produção impecável, sonoridade cristalina, alternância de canções mais animadas e baladas açucaradas, nesse caso, com predominância das faixas românticas. Apesar de tudo isso, é quase impossível conseguir chegar ao final das 17 músicas do CD, tamanha repetição de temas e batidas. Com exceção do single "Yeah!", que abre a seleção, e de mais duas ou três faixas, como a swingada "Take Your Hand", todo o resto de "Confessions" se arrasta por baladas insuportáveis, com vocais em falsete e que parecem não acabar nunca. No final das contas, se é para ouvir black music dançante ou romântica, melhor ficar com os originais, como Stevie Wonder ou Marvin Gaye, pois em seu novo disco, Usher, por mais que seja um nome de destaque hoje em dia, fica preso à fórmula que domina o estilo e acaba soando como mais do mesmo. (FK) Universal R$32 http://www1.uol.com.br/radiouol/abreradio.htm?canal=467 16/01/2004 NELLY Da Derrty Versions Com apenas dois discos lançados, o rapper Nelly, um dos principais nomes do estilo atualmente, decidiu reunir novas versões de alguns de seus maiores sucessos em um CD. "Da Derrty Versions: The Reinvention", terceiro disco do rapper, não é diferente das produções caça-níqueis que costumam se tornar esse tipo de projeto, que reúne remixes irregulares e algumas canções inéditas, três nesse caso. Quanto aos remixes, as melhores faixas são justamente as que mais sucesso fizeram em suas versões originais -"Dilemma", "Hot in Herre" e "Country Grammar"- porém, não se diferenciam demais das matrizes, explicitando o caráter apenas mercadológico de um lançamento que poderia ir além nas experimentações. (FK) | | ARQUIVO
|