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Para equipe do UOL, terceiro ano de Lolla Brasil se adaptou ao autódromo

13.mar.2016 - Letreiro do Lollapalooza Brasil 2016 no Autódromo de Interlagos, em SP Imagem: Mariana Tramontina/UOL

Do UOL, em São Paulo

14/03/2016 09h00

Teve rock, pop, indie, eletrônico, punk rock oldschool. Teve muita música. E contrariando as previsões de tempo, a chuva quase não caiu no Lollapalooza Brasil 2016, que acontece pelo terceiro ano consecutivo no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O local, inclusive, parece estar melhor adaptado ao festival, e ofereceu melhor mobilidade e tranquilidade ao público. No total, 160 mil pessoas passaram pelo festival, segundo a organização do evento.

O que se viu na quinta edição do Lollapalooza no Brasil foi um festival mais organizado, embora tenha empolgado menos com as atrações. Florence + the Machine e Eminem, as atrações principais dos dois dias, fizeram os shows mais aguardados, mas a medalha de ouro foi mesmo para as atrações de médio porte: Alabama Shakes, Of Monsters and Men, Tame Impala e Eagles of Death Metal.

Outro ponto positivo foi a nova cotação monetária do festival, que passou a ser 1 para 1 (e não mais R$ 2,50 para 1 mango, como foi no ano passado).

A equipe do UOL esteve no festival nos dois dias e conta qual foi a impressão que o evento deixou em cada um dos repórteres. A cobertura completa você acompanha na nossa página especial do evento.

O que nossa equipe viu por lá

  • Imagem: Felipe Branco Cruz/UOL
    Imagem: Felipe Branco Cruz/UOL

    Felipe Branco Cruz

    A chuva que castigou São Paulo nos últimos dias me deixou receoso com o que nos aguardaria no Lollapalooza. Felizmente, contrariando as pessimistas previsões do tempo, durante os dois dias de festival apenas garoou e pudemos curtir os principais shows com tranquilidade. Neste ano, as melhores apresentações foram do Eagles of Death Metal, Bad Religion e Eminem, no primeiro dia, e Karol Conká e Alabama Shakes, no segundo. O Autódromo de Interlagos se provou como o lugar que melhor se adaptou ao estilo do festival, que oferece uma experiência completa. Seja na alimentação com os chefs e food trucks, passando pelas lojas e, por fim, até uma "botecaria", um espaço que reuniu os botecos mais famosos de São Paulo para aqueles que queriam comer e beber informalmente enquanto aguardavam a próxima atração.

  • Imagem: Leonardo Rodrigues/UOL
    Imagem: Leonardo Rodrigues/UOL

    Leonardo Rodrigues

    O Lollapalooza 2016 foi seguramente a edição mais fraca em termos de música. Mas a experiência valeu para quem se liga em brinquedos, não abre mão de uma gama variada de serviços e preza pela mobilidade —além de longas caminhadas. Mesmo com chuva do segundo dia de festival, houve pouca lama no autódromo. A nova tenda Trident, agora de fato um palco e em nova posição, funcionou bem e deu ainda mais status à música eletrônica do festival. Mas nem tudo é perfeito: pela proximidade, o som desse palco acabou vazando e interferindo em shows da tarde no palco principal, principalmente nos de Tame Impala e Noel Gallagher's High Flying Birds. Lolla vai, Lolla vem, algo não muda: a acústica ruim do palco Ônix, principalmente para quem assiste ao show do alto do barranco. O retorno do ótimo Alabama Shakes ao festival merecia um cenário melhor.

  • Imagem: Mariane Zendron/UOL
    Imagem: Mariane Zendron/UOL

    Mariane Zendron

    No terceiro Lollapallooza em Interlagos, a organização estava claramente mais adaptada ao espaço. Monitores espalhados pelo espaço ajudaram a desafogar filas do caixa e estavam bem informados sobre a disposição dos espaços e ordem de atrações. A decisão de colocar o mango, moeda do evento, com câmbio de 1 para 1, também facilitou a organização, além de ser bem mais honesto. Se por um lado o evento estava melhor assentado, as atrações não causaram muitas palpitações. Faltaram bandas mais potentes para fechar os dois dias, principalmente no domingo. Florence e Planet Hemp são legais, mas não tem o peso de um Pharrel ou de um Smashing Pumpkins, que fecharam o Lolla de 2015. Mas as atrações do meio do dia trouxeram surpresas boas, como a doçura de Of Monsters and Men, a psicodelia do Tame Impala, o discurso feminista da Karol Conká e os sucessos de Noel Gallagher.

  • Imagem: Tiago Dias/UOL
    Imagem: Tiago Dias/UOL

    Tiago Dias

    Foi a edição mais fraca do festival no Brasil, mas até que o Lollapalooza segurou as pontas. Sem um headliner tão forte quanto nos outros anos, Eminem surpreendeu e Florence conseguiu o final catártico que o festival pedia. Tame Impala, Eagles of Death Metal e Alabama Shakes fizeram shows memoráveis. Vai ser difícil esquecer o sol que saiu quando a vocalista do Alabama, Brittany Howard, se desdobrava em uma emocionante performance. A aparição relâmpago de MC Bin Laden no show do Jack Ü também marcou o segundo dia. Os novatos, como Twenty One Pilots e Die Antwoord, ficaram devendo mais do que a mera estranheza. O festival acertou na infra-estrutura: com um novo palco (e nova entrada), a locomoção foi mais tranquila. Com mais brinquedos e espaço para descanso, a caminhada era até mais agradável. Muitos banheiros, muitos bares. E, claro, aquela lama no acesso do palco Ônix, que não poderia faltar. O público, tradicionalmente eclético, fez bonito e encheu os shows. E a chuva não caiu, o que deixou tudo mais tranquilo e favorável.

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