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Chanceler russo adverte para histeria no caso Pussy Riot

Manifestantes que apoiam o grupo punk russo Pussy Riot fazem protesto em uma das torres da catedral de Grossmuenster, em Zurique, na Suíça - Alessandro Della Bella/AP
Manifestantes que apoiam o grupo punk russo Pussy Riot fazem protesto em uma das torres da catedral de Grossmuenster, em Zurique, na Suíça Imagem: Alessandro Della Bella/AP

Em Helsinque

20/08/2012 13h36

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, pediu nesta segunda-feira (20) em Helsinki àqueles que protestam contra a condenação do grupo de rock Pussy Riot que não "caiam na histeria".

"Ainda existe a possibilidade de apelar e os advogados das jovens têm a intenção de fazê-lo", disse Lavrov em uma entrevista coletiva à imprensa ao comentar a condenação das três cantoras do grupo Pussy Riot por terem interpretado uma "oração punk" contra o presidente Vladimir Putin em uma catedral de Moscou.

"Não se pode tirar conclusões cedo demais e cair na histeria", disse Lavrov. É a primeira vez que um ministro russo fala do caso.

"Quero lembrar a todos aqueles que tentam afirmar que nosso tribunal tomou sua decisão sob pressão que antes do anúncio do veredicto o presidente russo pediu que fossem indulgentes com essas jovens", acrescentou Lavrov, que ressaltou que condenações desse tipo acontecem em outros países.

"Na Alemanha, o sacrilégio nas igrejas é passível de uma pena de até três anos de prisão", disse Lavrov.

"Acabo de ler que em Israel um homem foi condenado a dois anos de prisão por ter colocado uma cabeça de porco na montanha sagrada", acrescentou Lavrov.