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Diretora da Orquestra de SP será 1ª mulher a encerrar festival britânico

A maestro titular da Osesp, Marin Alsop - Fabio Braga/Folhapress
A maestro titular da Osesp, Marin Alsop Imagem: Fabio Braga/Folhapress

03/09/2013 15h22

A diretora musical da Orquestra Sinfônica de São Paulo, a americana Marin Alsop, se tornará no sábado a primeira mulher a fechar os BBC Proms, o mais popular festival de música clássica do mundo. 

Ao jornal britânico "Evening Standard", Alsop declarou que se trata da realização de um sonho. "Presidirei a maior celebração anual da música clássica e serei a primeira mulher a dirigir a última noite dos Proms, esse evento maravilhoso, louco e completamente britânico", festejou.

O encerramento dos Proms, em sua 188º edição, é uma grande festa que acontece no Royal Albert Hall, em Londres, e é acompanhado ao vivo por milhares de pessoas em parques de todo o país, principalmente no Hyde Park de Londres.

O programa da noite inclui peças conhecidas -de Verdi a musicais- e termina com canções patrióticas, como o "Rule, Britannia!" e "Land of Hope and Glory", cantada pelos espectadores.

Alsop, que nasceu em 16 de outubro de 1956 em Nova York, já dirigiu as principais orquestras do mundo. Sua relação com a sinfônica de São Paulo começou em 2012, quando ela foi nomeada primeira regente da orquestra. Em julho de 2013, Alsop tornou-se sua diretora artística.

Além disso, ela também está à frente da Orquestra Sinfônica de Baltimore (nordeste dos Estados Unidos).

A poucos dias do evento, uma declaração do diretor Vasily Petrenko causou polêmica. Petrenko disse que as orquestras "funcionam melhor, quando têm um homem à frente".

"Uma mulher bonita no comando faz com que os músicos pensem em outras coisas", declarou ele ao jornal norueguês Aftenposten.

Alsop se referiu ao machismo em sua entrevista ao Evening Standard: "Às vezes tenho que rir. Como reagir quando, por exemplo, em uma coletiva de imprensa na Itália, há alguns anos, a primeira pergunta de um repórter foi 'você cozinha'? ".

A diretora também mencionou sua experiência em terras brasileiras. "Estar no Brasil é o tiro de adrenalina mais estimulante que se pode esperar."

"Apesar, ou talvez, por causa das persistentes desigualdades sociais, os brasileiros têm um apetite musical sincero, e só posso me deixar levar por sua paixão e entusiasmo".

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Ali Hassan Ayache

PARA BALTIMORE TUDO, PARA A OSESP O CONTRATO. MARIN ALSOP E A FORMAÇÃO DE NOVAS PLATEIAS. ARTIGO DE ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET. Quando foi anunciado o nome de Marin Alsop para a direção musical e regência titular da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo venderam a imagem de uma pessoa conectada com a comunidade que lidera a orquestra rumo à popularização da música clássica. Imaginávamos que a maestrina repetiria em São Paulo o trabalho inovador que ela faz com a Orquestra de Baltimore nos Estados Unidos, onde integrou comunidade e orquestra pvisando a formação de novas plateias.

Ali Hassan Ayache

Passados quase dois anos a nobre maestrina não fez nada em relação a esse tema. Seu trabalho tem se caracterizado pela regência pura e simples e assuntos relacionados com a comunidade e formação de novas plateias foram deixados de lado. Nos Estados Unidos as coisas são diferentes, o jornalista João Luis Sampaio nos informa que a Sinfônica de Baltimore, onde Alsop é regente titular, anunciou um plano de criação de novas plateias. Estudantes podem fazer assinaturas e assistir a 90% dos concertos da temporada por meros US$ 25,00 ( Dá uns sessenta reais para toda a temporada) e ainda participar de rega-bofes e eventos realizados após as apresentações. O ingresso da hora por lá continua mantido e custa US$ 10,00 ( uns vinte e quatro reais) .

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