Anistia de Putin é operação de comunicação, afirma Pussy Riot libertada
A lei de anistia que permitiu sua libertação é uma "operação de comunicação" do presidente russo Vladimir Putin, denunciou a cantora do grupo Pussy Riot Maria Alyokhina, depois de ser libertada do campo de detenção onde cumpria uma pena de dois anos de prisão.
"Não creio que esta anistia seja um gesto de humanismo, mas uma operação de comunicação", declarou Alyokhina, de 25 anos, ao canal de televisão Dojd.
"Se tivesse tido a possibilidade, o teria rejeitado", acrescentou Alyokhina, que denunciou uma lei que permite a libertação de poucos presos, nem mesmo 10%.
"O mais difícil na prisão é ver como destroem a gente', comentou Alyokhina, ao se referir as suas condições de detenção.
Alyokhina, mãe de um menino, foi condenada a dois anos de prisão em 2012 por vandalismo e incitação ao ódio religioso, junto com Nadezhda Tolokonnikova e Yekaterina Samutsevich.
As três Pussy Riot haviam cantado uma oração punk contra Putin na catedral de Cristo Salvador de Moscou em fevereiro de 2012.
Alyokhina e Tolokonnikova, cuja libertação ainda não foi noticiada, foram anistiadas na semana passada por uma lei votada pela Duma, câmara baixa do Parlamento russo.
Samutsevich havia sido libertada em 2012, poucos meses depois de ser condenada. A justiça considerou que Samutsevich havia sido interceptada pelos guardas da catedral e, por isso, não participou da ação.
ml-gmo/edy.
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