Topo

Kanye West é denunciado por tentar "enganar fãs" com último disco

O rapper Kayne West, para-raios de polêmica - Paul Beat/AP Photo
O rapper Kayne West, para-raios de polêmica Imagem: Paul Beat/AP Photo

De Nova York (EUA)

19/07/2017 16h02

Kanye West foi processado por um fã que afirma que o rapper americano enganou seus ouvintes ao pedir que assinassem o serviço de música on-line Tidal para poder escutar seu último álbum, "The Life of Pablo" (2016).

Segundo Justin Baker-Rhett, West agiu de má-fé ao afirmar que o disco seria disponibilizado exclusivamente na plataforma, que pertence ao rapper Jay-Z, fazendo com que ele e outros seguidores tivessem de pagar para escutá-lo.

A denúncia uma ação judicial coletiva na qual outros fãs incomodados podem se juntar e exigir uma indenização é uma das primeiras a colocar à prova as responsabilidades legais dos artistas e das plataformas de streaming, em um contexto no qual o consumo de música pela Internet é cada vez mais comum.

Capa de "The Life of Pablo", novo álbum do rapper Kanye West - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução
Na época do lançamento, em fevereiro de 2016, West disse no Twitter que seu álbum nunca estaria disponível na Apple Store e que poderia ser ouvido no Tidal.

"Nunca, nunca, nunca estará na Apple. E nunca sairá à venda. Vocês só vão poder obter no Tidal."

O músico, de 40 anos, convocou seus milhões de seguidores nas redes sociais a assinarem o Tidal. Em abril ele já havia lançado "The Life of Pablo" em outras plataformas de streaming, incluindo o Spotify.

Um advogado de West interpôs uma moção explicando que o rapper incorporou novas letras e ritmos ao disco publicado em outras plataformas em abril.

"Em outras palavras, a versão original de 'The Life of Pablo', lançada pelo Tidal em fevereiro de 2016, sempre foi exclusiva dessa plataforma. As versões de 'The Life of Pablo' que estão disponíveis em outros serviços de streaming são distintas da original", afirma.

O advogado se baseou ainda em um detalhe técnico: tanto West como o fã que abriu o processo vivem na Califórnia, não em Nova York, onde a ação foi aberta, em uma corte federal.

Baker-Rhett afirmou que teve de pagar para acessar o Tidal apesar de já possuir uma conta no Spotify.