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Maior ópera de Nova York substitui regente acusado de abuso sexual

O ex-regente do MET James Levine - Reprodução
O ex-regente do MET James Levine Imagem: Reprodução

Nova York (EUA)

05/12/2017 19h57

O Metropolitan Opera anunciou nesta terça-feira (5) que o regente de orquestra James Levine, suspenso após ser acusado de abusar sexualmente de vários músicos, será substituído pelo francês Emmanuel Villaume para dirigir "Tosca" em 31 de dezembro.

O Met havia anunciado no domingo a suspensão do lendário regente, no dia seguinte da publicação de um primeiro depoimento acusando Levine de ter abusado desde 1985 e durante anos de um jovem músico que tinha apenas 15 anos quando as agressões tiveram início.

Depois, outros três músicos afirmaram ter sido abusados sexualmente em condições similares pelo diretor de orquestra, atualmente com 74 anos.

O Met contratou um ex-procurador federal para investigar as acusações.

Embora oficialmente tenha se aposentado após dirigir a orquestra do famoso Met durante 40 anos, James Levine ainda é diretor musical honorário e dirigiu no sábado à noite o "Requiem", de Verdi, no Lincoln Center, em Nova York.

Sua suspensão o deixou à margem da direção de estreia, em 31 de dezembro, de uma nova produção de "Tosca", uma das óperas mais populares do repertório.

Em um momento em que as óperas apostam por renovar a sua audiência, esta retirada supõe uma dor de cabeça para o Met.

A ópera americana mais famosa já sofreu nos últimos meses uma série de deserções para esta nova produção, que pretendia reconectar com a grandeza da lendária "Tosca", de Franco Zeffirelli.

Villaume, de 53 anos, que já dirigiu várias óperas no Met e outras grandes óperas americanas, dirigirá a maioria das apresentações desta nova produção de David McVicar.