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Casa do bluesman Robert Johnson pode ser restaurada no Mississippi

12/11/2009 21h45

O mistério que ronda a vida e a morte do bluesman Robert Johnson alimenta o fascínio por seu trabalho. Há o mito de que ele vendeu a alma ao diabo para criar suas composições na guitarra. Há a disputa sobre onde ele morreu depois de supostamente ser intoxicado por um homem ciumento, em 1938.

O local de sua morte é apontado em três diferentes lugares. Sua cidade natal, no entanto, foi confirmada. O bluesman veio ao mundo em 1911 em uma casa bem trabalhada, construída pelo seu padrasto, na cidade de Hazlehurst, no Mississippi.

Agora, 71 anos após sua morte, as autoridades locais querem restaurar a casa na esperança de atrair os fãs de Johnson e movimentar o turismo em Copiah Concelho, a cerca de cem quilômetros da região do Delta onde a maioria dos bluesmen chamam de "casa".

O local de nascimento de Johnson foi confirmado em uma carta de anos atrás de sua meia-irmã, segundo Janet Schriver, diretora-executiva do escritório de assuntos culturais do condado de Copiah. Os 1.500 metros quadrados da casa agora pertencem à cidade.

O padrasto de Johnson, Charles Dodds, era um fabricante de móveis e um próspero proprietário de terras. A casa tinha uma sala dupla, um alpendre e uma bomba de água para a cozinha, uma conveniência moderna e inédita na maioria das casas ocupadas pelos negros no início do século 20, disse Schriver.

A diretora-executiva contou ainda que o município está tentando levantar 250 mil dólares para o projeto de restauração, que coincide também com os esforços para transpor a história de vida de Johnson para a tela.

A vida de Johnson e sua música têm sido tema de vários livros. E produtores estão comprando um roteiro em Hollywood sobre ele, escrito por Jimmy White, o roteirista que ganhou o Oscar pelo filme "Ray". "É surpreendente que, após todos estes anos, as pessoas ainda falem de Robert Johnson", disse o neto do bluesman, Steven Johnson.

A influência de Johnson pode ser ouvida nas obras de vários artistas, de Muddy Waters a Eric Clapton, que gravou 14 canções do bluesman em seu álbum de 2004, "Me and Mr. Johnson".