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Mary J. Blige está mais "forte" do que nunca

Mary J. Blige em sessão de autógrafos em Nova York (22/12/2009) - Astrid Stawiarz/Getty Images/AFP
Mary J. Blige em sessão de autógrafos em Nova York (22/12/2009) Imagem: Astrid Stawiarz/Getty Images/AFP

MESFIN FEKADU

Da Associated Press<br>Em Nova York

24/12/2009 08h57

Mary J. Blige, conhecida como a "rainha do hip hop soul", disse que manteve o apelido imponente porque está em sintonia com o que o público mais jovem quer ouvir.

"Eu sempre me inspiro nas Rihannas e Beyoncés", disse a cantora de 38 anos.

"Você tem de se manter aberto para aprender com as outras gerações. ...Isso é ser uma pessoa inteligente, e é por isso que eu posso estar sempre por aí --não fazendo o que elas fazem, mas o que eu faço."

O disco novo de Blige, "Stronger with Each Tear", seu nono lançamento de estúdio, tem um som novo, sem perder o groove r&b da cantora.

Na entrevista abaixo, Blige --que ganhou nove prêmios Grammy desde sua estreia em 1992-- falou sobre r&b, a gravação de um disco de jazz e sobre ser uma chorona.

Pergunta: Você se considera uma pessoa sensível?
Mary J. Blige: Eu diria que sou uma pessoa muito sensível

Pergunta: Você chora pelas mesmas coisas que chorava no começo da carreira?
Blige: Acho que choro por coisas diferentes hoje. Eu choro porque quero ser melhor. Quero continuar a crescer, então tenho de me dar uma pausa. Sou o meu pior crítico, sou muito dura comigo. Sou assim desde sempre, então aprendi que preciso me dar um tempo de vez quando. Não gosto de machucar ninguém, e eu choro quando machuco as pessoas sem querer.

Pergunta: Como você se sente quando ouve suas canções no rádio?
Blige: Se são canções antigas, como "Not Goin' Down" e "My Life",  elas sempre me fazem parar o que estou fazendo e chorar. Pode me chamar de bebê chorão.

Pergunta: É díficil interpretar essas canções emotivas hoje, quando você está em outro monento da vida?
Blige: Para mim, cantar as músicas "Not Gon' Cry", "I'm Goin' Down" e "My Life" é como voltar à terapia. Eu adoro como elas me fazem sentir na hora que as canto, como saio de mim mesma. Elas falam de momentos doloridos, e às vezes você deve voltar a eles para o bem de outras pessoas.

Pergunta: Como você vê o r&b atual em comparação com os anos 90?
Blige: Posso falar dos 80 também? Não há comparação, pois a música dos anos 90 e 80 era música. Você tinha Jimmy Jam e Terry Lewis no rádio. Michael Jackson e Quincy Jones estavam por todo lugar. Anita Baker e mais um monte de pessoas incríveis. ...Não estou dizendo que a música de hoje não é bonita, ela é limitada.

Pergunta: Como você acha que o estilo de seu figurino evoluiu?
Blige: Eu tive alguns desastres, algumas tentativas e erros, alguns cortes de cabelo e roupas horríveis, mas isso foi devido à minha insegurança, e por não saber o que funcionava em mim e tentar fazer o que funcionava para as outras pessoas. Depois de descobrir o que é bom para você, que foi o que eu fiz, você só erra se quiser.

Pergunta: Você já trabalhou com nomes como Sting, U2 e Aretha Franklyn. Há alguém com quem você gostaria de trabalhar?
Blige: Ainda não tive a chance de colaborar com Anita Baker. Então, quando eu fizer meu disco de jazz, vou atrás de você, Anita.

Pergunta: Você pretende lançar um disco de jazz?
Blige: Não faço ideia de quando vou gravar o disco de jazz, mas não deve demorar. Não pode demorar.