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Elvis Presley é tema de mostra em Washington

Elvis Presley durante show no Madison Square Garden, em Nova York, em junho de 1972 - George Kalinsky/Arquivo AP
Elvis Presley durante show no Madison Square Garden, em Nova York, em junho de 1972 Imagem: George Kalinsky/Arquivo AP

11/03/2010 16h53

A faísca que deu início ao sucesso de Elvis Presley há mais de 50 anos foi acesa pelos jornalistas e críticos que o odiavam.

Eles detestavam a voz de Elvis e achavam que os movimentos do cantor não eram adequados para publicações voltadas à família. Tudo isso enquanto os adolescentes iam à loucura. O estilo chocante e o confronto entre Elvis e a mídia também serão tema de uma nova mostra sobre o cantor em Washington.

"Os jornais dos anos 50 viam a si mesmos como juízes dos valores sociais e achavam que deveriam estar entre as princiais vozes contra aqueles que ameaçavam os bons costumes norte-americanos", disse Ken Paulson, presidente do museu Newseum e ex-editor do jornal "USA Today". "O interessante é que aquela cobertura negativa levou Elvis à fama...Depois que começou a cobertura nacional, ele virou o rei do rock'n'roll."

Os dois anos em que Elvis serviu o exército norte-americano, porém, mudaram tudo. Os pais não podia mais odiar o cantor, e a cobertura da mídia seguiu pelo mesmo caminho.

A exposição que será inaugurada no dia 19 de março retrata desde o surgimento de Elvis na década de 50 até o encontro do cantor com o presidente Richard Nixon na Casa Branca em 1970.

A mostra terá objetos raros, alguns deles nunca exibidos antes fora de Graceland, e outros nunca vistos pelo público.

Entre os itens da coleção estão a moto Harley-Davidson 1957 que foi crucial para a imagem de rebelde do cantor, seu primeiro Grammy por "How Great Thou Art", recebido em 1968, e o macacão e cinto dourado que Elvis usou para se encontrar com Nixon na Casa Branca.

Entre os documentos exibidos pela primeira vez estão o contrato assinado por Elvis e seus pais no qual o cantor entregava 25% de seus rendimentos ao empresário Colonel Parker.

"Se você é fã de Elvis, você ama ou odeia o Colonel", disse Angie Marchese, diretora dos arquivos de Graceland que ajudou a montar a exposição. "Com tudo que Colonel fez para Elvis nos anos 50, Elvis teria se tornado esse fenônemo cultural sem o empresário? Provavelmente não."

A exibição ficará aberta até fevereiro de 2011.