Após polêmica, Bolshoi demite diretor que foi atacado com ácido em 2013
O teatro russo Bolshoi anunciou nesta quinta-feira (30) a demissão de seu diretor artístico Serguei Filin, que havia sido atacado com ácido em 2013. Este é considerado o último capítulo de um escândalo que chocou o mundo da dança na Rússia.
"A decisão está relacionada com questões internas do teatro", disse Vladimir Urin, diretor do Bolshoi, à agência de notícias russa TASS.
Filin, de 44 anos, continuará, no entanto, até o final da temporada como "responsável dos programas em curso e da gestão diária da companhia de dançarinos do teatro", segundo o comunicado.
O diretor declarou à TASS "não ter queixas" contra o teatro. Ele quase perdeu a visão depois de ser atacado com ácido em janeiro de 2013 pelo bailarino Pavel Dmitrichenko, que foi condenado a seis anos de prisão, e outros dois cúmplices.
O caso trouxe à luz denúncias de rivalidade e intimidação nos bastidores deste grande teatro russo. O mundo da arte condenou o ataque, que também levou à demissão do então diretor do Bolshoi, Anatoly Iksanov, e do bailarino Nikolai Tsiskaridze, acusado quase diretamente de ser o conspirador.
O bailarino questionou as lesões sofridas por Filin e considerou pouco depois, em um jornal de Moscou, que o diretor artístico colocou "uns contra os outros com histórias de dinheiro e amor".
Tsiskaridze foi nomeado no final de 2014 diretor da prestigiada Academia Vaganova de São Petersburgo, uma decisão contestada por uma centena de professores da instituição que solicitaram sua remoção.
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