Topo

Cantora Ellie Goulding lidera lista com as apostas musicais para 2010 da BBC

A cantora britânica Ellie Goulding em foto de divulgação - Divulgação
A cantora britânica Ellie Goulding em foto de divulgação Imagem: Divulgação

08/01/2010 10h43

Uma lista da BBC que indica os novos artistas que devem despontar em 2010 foi liderada pela cantora e compositora britânica Ellie Goulding.

Mais de 165 formadores de opinião, entre críticos, blogueiros e jornalistas, elegeram a jovem que cresceu em Herefordshire, no interior da Inglaterra, como a mais contagiante novidade da cena musical emergente.

Depois dela, vieram a cantora grega-galesa Marina and The Diamonds (2º lugar), o trio Delphic (3º), o duo Hurts (2º), e a banda The Drums (5º).

Com canções pessoais e delicadas, a primeira colocada, Ellie, combina estilos para algo que é ao mesmo tempo inovador e bastante apropriado para as discotecas de Londres.

Em uma entrevista à BBC, ela disse que é uma jovem “normal” – que fica irritada quando os carros não param na faixa de pedestres e, principalmente, com a sujeira deixada pelos cachorros no meio da rua. Um problema com a qual ela se depara costumeiramente, durante sua corrida habitual no parque.

Ellie disse que não sabe muito bem por que recebeu essa indicação da crítica.

“Ninguém sabia que eu era cantora até agora, então não sei muito bem por que recebi essa indicação”, disse. “Mas está sendo interessante.”

O ranking foi elaborado a partir de uma lista de 15 nomes divulgada no fim do ano passado sob o auto-explicativo nome de "Sounds of 2010", ou os Sons de 2010.

Marina and The Diamonds
A cantora de grega e galesa Marina Diamondis, 23, percorreu um caminho cheio de contratempos até ser reconhecida.

Há quatro anos, ela nem sequer sabia tocar piano. Frustrada com repetidas tentativas de integrar bandas juvenis na adolescência, resolveu aprender a tocar o instrumento e gravar seu próprio álbum.

Seu primeiro álbum, "The Family Jewels", foi descrito pela crítica como um “pop confessional feito com estilo e sem medo”.

Delphic
O trio Delphic, de Manchester, ficou ficou em 3º lugar na lista da BBC.

Avesso a definições, o grupo diz que mistura a euforia da dance music com elementos emocionais da música indie, acrescentando uma pitada da “melancolia” de Manchester para criar um estilo próprio.

A filosofia de fusão está retratada no lema do grupo: “A guitarra está morta, viva a guitarra!”

“Queremos ser os anti-Liam Gallaghers”, diz um dos integrante da banda, Rick Boardman, referindo-se ao vocalista da banda Oasis.

No entanto, assim como os irmãos que lideravam o Oasis, eles também são reconhecidos por suas divergências, sobretudo em consequência de também dividirem o apartamento onde vivem.

Hurts
Com seu visual durão mas cheio de estilo, o cantor Theo Hutchcraft e o tecladista Adam Anderson são um contraponto à cena pop estridente e carregada de purpurina.

“Fazer música é mais interessante em dois. Tem dois pólos, um positivo e um negativo, yin e yang”, diz Hutchcraft. “Se você conseguir combinar corretamente, de onde há diferenças dá para sair um resultado interessante.”

O duo faz um estilo de música que pode ser classificado como “disco-lento”, que descobriram durante uma viagem à Itália.

Inspirado na melancolia da música eletropop dos anos 80, o Hurts mistura o que dizem ser uma “austeridade europeia” com “um espírito britânico de esperança ao mesmo tempo que desespero”.

The Drums
A banda The Drums, de Nova York, ficou em 5º lugar na lista da BBC com os artistas que devem despontar em 2010.

O cantor Jonathan Pierce, os guitarristas Adam Kessler e Jacob Graham, e o baterista Connor Hanwick se consideram os últimos dos moicanos de uma geração egoísta.

“Só escrevemos sobre duas sensações – uma é o primeiro dia do verão, quando você e todos os seus amigos estão de pé à beira de um precipício, assistindo ao pôr-do-sol e sendo tomado por todas as esperanças e sonhos de uma só vez”, diz Pierce.

“A outra é quando você está caminhando sozinho na chuva e se dá conta de que vai ficar só para sempre.”

As letras simples do grupo são combinadas com uma presença de palco que já foi descrita como “selvagem” e “contagiante”.