Em blog, Sting pede liberação da maconha e fim da guerra às drogas
![Sting encerra o Festival Natura About Us, na Chácara do Jóckey, em São Paulo (22/11/2009) - Edu Garcia/UOL](https://m.i.uol.com.br/musica/2009/11/22/sting-encerra-o-festival-natura-about-us-na-chacara-do-jockey-em-sao-paulo-22112009-1258935712300_615x300.jpg)
O cantor britânico Sting defendeu, em um artigo publicado nesta semana num blog, a legalização da maconha e atacou as políticas de combate às drogas nos Estados Unidos.
O texto do ex-líder da banda The Police reforça o lobby pela aprovação, pelo Congresso americano, de um projeto para a descriminalização da maconha.
Para Sting, os Estados Unidos precisam "enfrentar riscos, sair da zona de conforto e explorar novas ideias" para enfrentar "o que tem sido a mais fracassada e injusta, mas ainda assim intocável questão na política: a Guerra às Drogas".
"A Guerra às Drogas fracassou – mas é pior do que isso. Ela está de fato prejudicando a sociedade", argumentou o músico.
"Os crimes violentos prosperam sob as sombras às quais o comércio de drogas foi relegado. As pessoas que genuinamente precisam de ajuda não a conseguem. Nem as pessoas que precisam de maconha medicinal para tratar doenças terríveis."
"Estamos gastando bilhões, enchendo nossas prisões com acusados não violentos e sacrificando nossas liberdades", diz Sting, para quem "as liberdades civis foram atropeladas" e "a aplicação da lei foi militarizada" em consequência das políticas de combate às drogas.
"E em troca disso tudo, a Guerra às Drogas não impediu que as pessoas usassem drogas ou que as drogas cruzassem fronteiras para serem vendidas nas ruas", argumenta o cantor.
Críticas
As declarações de Sting provocaram críticas de grupos que apoiam a criminalização das drogas.
"Não precisamos que pop stars cheguem e façam declarações irresponsáveis como essa", afirmou um porta-voz do grupo internacional Dare (Drug Abuse Resistance Education), que se dedica a educar estudantes sobre os perigos do uso de drogas.
"Ele deveria se limitar a cantar e não se meter em assuntos sobre os quais ele não entende", afirmou.
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