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Obras de arte de ícone punk Sid Vicious vão a leilão

Obra do cantor Sid Vicious "Mythical Creature"  - BBC
Obra do cantor Sid Vicious "Mythical Creature" Imagem: BBC

08/04/2011 10h23

Um livro contendo pinturas e desenhos assinados por Sid Vicious, um dos personagens-símbolo do punk rock e ex-baixista do grupo Sex Pistols, vai a leilão na próxima segunda-feira, em Londres.

A obra foi compilada pelo biógrafo de Vicious, Alan Parker, e exibe peças pouco associadas ao universo do baixista e cantor, que teria assassinado Nancy Spungen, sua namorada, com uma facada, em 1978, e que morreu de overdose de heroína no ano seguinte. Algumas obras contidas no livro, que é uma edição limitada, são marcadas pelo lirismo e a simplicidade, como o retrato de um girassol.
 
Outras, como o jornal britânico The Independent comentou, remetem ao surrealismo de Salvador Dalí, como a da imagem acima, que mostra uma figura de forma indefinida cercada por fungos, aranhas e cogumelos. 
 
O tom surrealista reaparece em outra peça, que mostra uma cabeça suspensa sobre pernas compridas, andando por um cenário desértico. O lirismo reaparece em outra imagem, que mostra uma mesquita, durante um pôr do sol.
 
De acordo com o biógrafo Alan Parker, as pinturas e desenhos foram feitas quando Vicious, cujo nome verdadeiro era Simon John Beverly, tinha cerca de 15 anos de idade.
 
Entre os artigos que serão leiloados figuram também o último contrato assinado pelo cantor e baixista, uma lista de canções que Vicious apreciava, escrita à mão, e a tradiconal corrente que ele ostentava no pescoço.
 
As obras pertencem ao acervo da mãe de Sid Vicious, Ann Beverly, e foram mantidas por ela até a sua morte, em 1996. A expectativa é que o livro com as pinturas alcance um lance equivalente a 4 mil libras (cerca de R$ 10,4 mil). O contrato assinado pelo cantor pode ser leiloado 3,5 mil libras (cerca de R$ 9 mil). As peças irão à venda na casas de leilões The Fame Bureau.
 
Sid Vicious nasceu em 1957 e ingressou nos Sex Pistols apenas após a gravação do álbum mais célebre da banda, "Never Mind The Bollocks", em substituição ao baixista Glen Matlock.