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Protesto pró-Pussy Riot em frente ao tribunal de Moscou termina em prisões

Manifestante pró-Pussy Riot é detido pela polícia em frente a um tribunal de Moscou (17/8/12) - AFP PHOTO / ALEXANDER MOROZOV
Manifestante pró-Pussy Riot é detido pela polícia em frente a um tribunal de Moscou (17/8/12) Imagem: AFP PHOTO / ALEXANDER MOROZOV

17/08/2012 09h32Atualizada em 17/08/2012 13h42

Vários manifestantes foram presos nesta sexta-feira (17) em frente ao tribunal de Moscou que ditará as sentenças das três integrantes do grupo punk Pussy Riot, as quais estão sendo acusadas de vandalismo por terem cantado contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em uma catedral ortodoxa.

Os presos, entre eles o coordenador da opositora Frente de Esquerda, Sergei Udaltsov e o ex-campeão mundial de xadrez Garry Kasparov, exigiam a libertação de Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Maria Alyokhina, 24, e Yekaterina Samutsevich, 30, as quais podem receber penas de até três anos de prisão.

As integrantes do Pussy Riot estão sendo acusadas de "vandalismo motivado por ódio étnico", um crime que o código penal russo prevê uma pena de até sete anos de prisão.

Centenas de pessoas se concentraram nas imediações do tribunal, situado no distrito Jamovniki, para pressionar as autoridades, enquanto a polícia, que contava com um considerável desdobramento de soldados antidistúrbios, cercava os manifestantes para evitar possíveis conflitos.

Apesar da pressão por parte da opinião publica, a defesa das Pussy Riot possui poucas esperanças que as integrantes sejam absolvidas hoje pela juíza encarregada sobre o caso.

"Levando em conta essas circunstâncias, praticamente não há nenhuma esperança", declarou Nikolai Polozov, um dos advogados do grupo Pussy Riot, ao ser perguntado sobre as possibilidades de uma possível absolvição.

"Desde o começo sustentamos que as integrantes do grupo não cometeram nenhum delito penal e, por isso, a única sentença possível seria a absolvição", completou Polozov.

A "oração" do grupo Pussy Riot contra Vladim Putin

As acusadas, por outro lado, alegam que se trata de uma perseguição política. Segundo as próprias integrantes, se elas tivessem cantado músicas a favor do presidente não estariam diante de um tribunal.

A anistia Internacional e várias organizações russas de defesa dos direitos humanos também consideram que as integrantes do grupo punk russo são presas políticas.

Música nova da banda Pussy Riot é divulgada, "Putin Lights Up The Fire":