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Primeiro ministro russo diz que garotas do Pussy Riot já passaram "tempo suficiente" presas

O premiê russo, Dimitri Medvedev, em foto de maio de 2012 - Dmitry Astakhov/RIA Novosti/Reuters
O premiê russo, Dimitri Medvedev, em foto de maio de 2012 Imagem: Dmitry Astakhov/RIA Novosti/Reuters

Da EFE

02/11/2012 13h43

O primeiro ministro russo Dmitri Medvédev insistiu nesta sexta-feira (2) em pedir a liberdade para as integrantes do grupo punk Pussy Riot que foram condenadas a dois anos de prisão por cantarem uma "oração punk" na principais catedral ortodoxa do país.

"Se eu fosse o juiz, não as teria enviado à prisão. Simplesmente, eu não acredito que seja certo que, como castigo, sejam privadas de sua liberdade", disse Medvédev, de acordo com agências de notícias russas. "As meninas já ficaram tempo suficiente atrás das grades. Creio que já basta", completou.

Fiel católico, o chefe do governo e ex-presidente já havia expressado a opinião de que a reclusão em prisão preventiva, por alguns meses, seria "castigo suficiente para que [as garotas] pensem sobre o ocorrido".

Esta, no entanto, não é a postura do presidente russo, Vladimir Putin, que, no início de outubro, classificou de justa a sentença de prisão contra as três jovens. 

Yekaterina Samutsévich, uma das três integrantes do grupo que foram presas em agosto já foi libertada. 

Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina foram transferidas a penitenciárias fora de Moscou para cumprir suas penas. As duas sustentam que são inocentes e afirmam que sua ação na catedral Cristo Salvador, de Moscou, tinha fins políticos, não religiosos.