Jack White e Skrillex duelam no Lollapalooza Chile; veja como foi o 1° dia
O Lollapalooza Chile começou no sábado (14) com artistas locais e estrangeiros que evidenciaram: o festival, em sua quinta edição, é uma realização jovem, global e multimídia, cada vez mais longe de Woodstock e mais perto do YouTube.
E a prova foi dada com duas atuações completamente opostas, mas que se completaram. Por um lado Jack White, o vocalista do White Stripes, e por outro, Skrillex, o grande imperador do dubstep dos últimos tempos.
Foi um duelo entre um dos músicos mais reconhecidos da década passada, fiel herdeiro do blues rock, um dos headliners do festival, e o DJ e produtor californiano.
Skrillex, cujo verdadeiro nome é Sonny Moore, acendeu a primeira noite do Lollapalooza Chile com sua palpitante pirotecnia musical de origens extraterrestres pilotando o espetáculo do alto de uma colossal cabine que parecia realmente uma nave.
Pouco antes, o Smashing Pumpkins, um dos grandes ícones do rock alternativo dos anos 90, tinha se apresentado em um dos seis palcos do festival com uma nova formação, com a qual Billy Corgan conseguiu imprimir mais versatilidade.
Após um ano de descanso, o grupo, nascido em Illinois em 1988, voltou aos palcos para apresentar seu último trabalho, "Monuments to an Elegy", lançado em dezembro do ano passado.
Para essa turnê, Corgan reuniu o ex-baterista do Rage Against the Machine, Brad Wilk, e o baixista do Killers, Mark Stoermer, uma combinação que demonstrou ser um acerto.
Cinco anos após seu primeiro show no Chile, o Smashing Pumpkins abriu fogo no no Lollapalooza com "One and All (We Are)" e continuou a apresentação a base de clássicos como "Bullet Whit Butterfly Wings", "1979", "Disarm", e canções recentes "Being Bege" e "One and All (We Are).
Não faltaram ritmos étnicos e folclóricos no Lollapalooza, a cargo das bandas locais Congreso e Matanza, e das cantoras Camila Moreno e Ana Tijoux, representantes de uma corrente musical que combina o pop e o hip-hop com a eletrônica e a tradicional música chilena. A fusão entre o tradicional e o contemporâneo, a música latino-americana interpretada com sintetizadores funcionou à perfeição.
Mas o Lollapalooza é, sobretudo, a vitrine onde estão expostas as peças mais valiosas do universo indie rock do momento, como The Kooks e Foster the People.
Nove anos após conceber "Naive", um dos hinos do olimpo musical britânico dos últimos tempos, o Kooks, liderado pelo vocalista e guitarra Luke Pritchard, demonstrou no Chile que ainda são capazes de fazer o público vibrar com seus hits de influência sessentista e novas canções que tem um rejuvenescido espírito multicultural.
Com esse show, o terceiro no Chile, a banda, que nos últimos anos não tinha sido recebida com muito entusiasmo pela crítica, mostrou ao público do Lollapalooza que a energia em cima do palco continua a mesma.
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