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Malásia proíbe "Despacito" na rádio e televisão pública: "Letra obscena"

Cena do clipe de "Despacito", de Luis Fonsi com Daddy Yankee - Reprodução
Cena do clipe de "Despacito", de Luis Fonsi com Daddy Yankee
Imagem: Reprodução

De Bangcoc (Tailândia)

20/07/2017 08h44

As autoridades da Malásia proibiram a reprodução na rádio e televisão pública da música "Despacito", do porto-riquenho Luis Fonsi, depois que grupos islamitas denunciaram que sua letra é obscena, informou nesta quinta-feira (20) a imprensa local.

O ministro de Telecomunicações malaio, Salleh Said Keruak, anunciou a decisão ontem à noite após uma reunião do painel de avaliação da estatal Radio Televisyen Malaysia (RTM), que decidiu retirar a permissão de execução da canção.

"A RTM deixará de emitir esta canção em todas as suas emissoras de rádio e televisão com efeito imediato", disse Salleh segundo o jornal "The Star".

A medida foi tomada horas depois de o partido islamita Angkatan Wanita Amanah Nasional (Awan) criticar o conteúdo sexual explícito da música e pedir a proibição de sua emissão nos meios de comunicação.

"Despacito" se tornou a música mais reproduzida da história por meio de plataformas de streaming e, junto ao remix do canadense Justin Bieber, atingiu 4,6 bilhões de reproduções, segundo a gravadora Universal.

Não é a primeira vez que as autoridades malaias proíbem um filme ou espetáculo apelando à moralidade pública.

No último mês de março, a Comissão de Censura de Filmes vetou a estreia da última adaptação de "A Bela e a Fera" pela aparição de um personagem homossexual, ainda que dias depois tenha voltado atrás e permitido sua projeção.

Em 2014 a mesma Comissão impediu a exibição de "Noé", de Darren Aronofsky, por considerar que a produção era contrária ao islã.