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Tribunal admite pedido de paternidade contra cantor Julio Iglesias

O cantor Julio Iglesias e Javier Sánchez Santos, que alega ser seu filho - Reprodução/Montagem
O cantor Julio Iglesias e Javier Sánchez Santos, que alega ser seu filho Imagem: Reprodução/Montagem

Valência (Espanha)

21/12/2017 18h51

Um tribunal de Primeira Instância de Valência (leste da Espanha) admitiu o trâmite de um pedido de paternidade interposto contra Julio Iglesias pelo jovem Javier Sánchez Santos, de 27 anos, que assegura ser filho do cantor.

Segundo informou nesta quinta-feira (21) o Superior Tribunal de Justiça de Valência, o juiz acordou enviar a demanda ao promotor e aos co-réus para que respondam em 20 dias.

Santos apresentou a demanda em 4 de setembro nos tribunais de Valência e afirmou então que tinha em seu poder uma prova "irrefutável" de DNA, conseguida pela "melhor equipe de detetives do país", que demonstrava que é filho de Iglesias.

"Tiveram que se passar 27 anos para conseguir uma prova de DNA que o meu pai biológico sempre rejeitou. Essa prova indica, com 99,9% de chances, que sou seu filho e que a minha mãe sempre disse a verdade. É hora que a justiça reparar o dano", afirmou.

O escritório de advocacia Osuna Abogados, que representa o jovem, emitiu hoje um comunicado no qual assegura que a admissão para trâmite é "uma boa notícia".

Segundo a nota, "a situação atual difere da ocorrida no momento de interposição da anterior demanda", que foi desestimada em 1999.

"Há muitos anos não existia uma prova nova que pudesse voltar a ser avaliada", dado que Julio Iglesias "continuava se opondo a realizar a citado exame biológico", segundo o comunicado.

No entanto, atualmente "existem novos elementos que permitem uma nova avaliação de todos os dados apresentados anteriormente e que não puderam ser alvo de teste na hora de ditar a sentença".

Além disso, "a nova avaliação das provas não pode ser realizada sobre provas que já estavam em poder do mesmo (tribunal), mas sim poderia ser realizadas sobre novas provas como é o caso atual ao dispor de um exame de DNA coincidentes".

O exame de DNA em que se sustenta a demanda foi realizada comparando 15 objetos diferentes recolhidos por um detetive em Miami (EUA) durante nove dias de trabalho.

O advogado Fernando Osuna explicou há meses em uma entrevista à Agência Efe que a análise foi realizada sobre "objetos que não têm valor, que foram desprezados, uma bituca, um lenço, uma lata de bebida, um guardanapo...".