Cantora egípcia condenada por "clipe imoral" tem pena reduzida pela Justiça
Um tribunal penal do Cairo reduziu nesta segunda-feira para um ano de prisão a condenação da cantora egípcia Shyma Ahmed, de 22 anos, considerada culpada pelo crime de "incitação à libertinagem", após a publicação de um clipe polêmico da música "Andi Zorof".
A artista, de 22 anos, foi presa no último dia 17 de novembro. Em primeira instância, ela havia sido condenada a dois anos de prisão por comer uma banana durante o vídeo de sua música. A cena foi considerada como uma referência sexual explícita.
Na época da condenação, Shyma disse em sua audiência que não podia imaginar que as imagens criariam tanto "alvoroço".
O clipe da música "Andi Zorof" também gerou polêmica pelas roupas usadas pela cantora, consideradas "imorais" para os padrões da sociedade conservadora egípcia.
Shyma não é a primeira artista perseguida pelas autoridades egípcias pelo conteúdo de seu trabalho ou por suas declarações.
Em maio, uma dançarina de dança do ventre e um cinegrafista foram julgados por "incitação à libertinagem", "mal uso dos veículos de comunicação" e "atentado contra a moral pública" por causa de um vídeo divulgado nas redes sociais.