Mariah Carey é estrela do Oi Fashion Rocks, mas Estelle é quem brilha
Atualizada às 11h25
A aguardada apresentação de Mariah Carey em palcos brasileiros teve sua pré-estreia neste sábado (24), mas continua sem data definida para entrar em cartaz definitivamente no país. Atração principal do Oi Fashion Rocks, evento que mescla moda com música, realizado no Jóckey Club do Rio de Janeiro, a cantora deu uma curta amostra de como é vê-la ao vivo, mesmo deixando de lado as lembranças de suas grandiosas produções.
Mariah Carey subiu ao palco a 1h06. A expectativa de sua presença já era sentida desde o início do evento, quando imagens de shows antigos da cantora apareciam nos telões e levantavam os ânimos do público. Ao som de "Touch My Body", ela surgiu em cena acompanhada de dançarinos e vestindo um vestido preto justo que parecia incomoda-la, visivelmente dificultando seus passos e gestos no palco.
Foram três músicas em 14 minutos para embalar a coleção de Calvin Klein. Mariah não fez playback, mas cantou por cima de uma camada de bases vocais que não a deixaram perder o tom. Seu conhecido agudo veio afinado para fechar a nova "Obsessed". O pocket show foi encerrado com uma versão remixada para o hit "Fantasy", antecipado pela apresentação da bateria da escola de samba Grande Rio.
Mas se Mariah Carey era a estrela da noite, quem brilhou mesmo foi a novata Estelle, dona do hit "American Boy" lançada com a participação de Kanye West. Com o menor tempo no palco entre as atrações --apenas dez minutos no total-- e duas músicas executadas, a inglesa mostrou que o Brasil merece um show completo de sua turnê.
Sempre sorridente e comunicativa no meio de suas músicas, Estelle foi acompanhada por uma competente banda de R&B que parecia se divertir tanto quanto ela no palco. A cantora convenceu o público ao amplificar sua voz rouca com talento para enfrentar o mundo pop, enquanto modelos --entre elas as top Raica e Isabeli Fontana-- desfilavam a moda praia de Lenny.
Na programação
A parte musical do Fashion Rocks, que estreia sua primeira edição latino-americana do evento desde seu início em 2003, é formada por pocket shows com grandes astros da música pop mundial. Cada artista tem cerca de 15 minutos para se apresentar no palco, enquanto estilistas renomados desfilam suas criações na passarela. Tudo funciona como uma espécie de trilha sonora da moda.
Neste sábado, o rapper Puff Daddy, ou Diddy, fez as honras da casa e abriu a passarela para os shows às 22h50, quase duas horas depois do previsto. Em 15 minutos de apresentação ao lado de duas backing vocals do Dirty Money, ele cantou músicas de sua carreira, entre elas "Bad Boy" e a auto-intitulado "P.Diddy", e fez uma colagem de covers com "I Gotta Feeling" (Black Eyed Peas) e "I'll Be Missing You" (sua versão para "Every Breath You Take", do Police) para o desfile de roupas da estilista Donatela Versace.
A banda liderada pela modelo Geanine Marques entrou de última hora na programação para substituir Lulu Santos. O grupo mostrou suas influências de rock inglês em uma apresentação atrapalhada durante a mostra de vestidos de Alexandre Herchcovitch. Wanessa e Ja Rule mais uma vez dividiram o palco para cantar o dueto "Fly", além de músicas individuais de suas carreiras: "Wonderful" dele e "Não Me Leve a Mal", essa última para embalar a mostra da coleção de André Lima.
A elástica Ciara, uma espécie de nova Madonna das coreografias, abriu sua apresentação com o hit "Love Sex Magic", sua parceria com Justin Timberlake. Junto de quatro dançarinas, a cantora protagonizou performances aeróbicas dignas de baile funk e cantou pouco, deixando a tarefa de destaque para as bases pré-gravadas, que foram trilha sonora para o desfile da francesa Givenchy.
Como bem sabe fazer, a veterana Grace Jones presenteou o público brasileiro com uma de suas apresentações esteticamente admiráveis. Durante os 13 minutos em que permaneceu no palco, acompanhada de um percussionista, a cantora trocou de chapéu três vezes, exibindo seus adereços exóticos, e desfilou sua voz imponente em músicas como a clássica funkeada "Slave to the Rhythm" e "Pull Up To The Bumper" para trazer ao palco a coleção de Marc Jacobs.
Daniela Mercury antecipou o carnaval ao trazer "Oyá Por Nós", "O Que É Que A Baiana Tem" --colocando a voz de Carmem Miranda em sampler-- e fechando com seu grande hit "O Canto Dessa Cidade", enquanto as roupas de Lino Villaventura eram mostradas no palco. Os ritmos do Brasil também foram lembrados na apresentação de batucada do grupo Afrolata. (MARIANA TRAMONTINA)
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