Smashing Pumpkins transforma palco principal do Planeta Terra em campo de experimentações
Última atração do palco principal do Planeta Terra, o Smashing Pumpkins entrou em cena logo depois de seus declarados rivais do Pavement. Apesar disso, a rixa de mais de 15 anos entre as bandas não foi levada para a apresentação, que Billy Corgan transformou em um campo de experimentações.
Não foi um show para ouvintes casuais do Smashing Pumpkins: foi uma apresentação para fã de verdade. A banda não veio ao Brasil para dar play em seus grandes hits dos anos de 1990. Eles mostraram músicas novas, canções raras e desafiaram o público com solos de bateria, distorções e riffs sujos por mais de dez minutos.
A base da apresentação é seu oitavo álbum de estúdio, "Teargarden by Kaleidyscope", com 44 músicas que vêm sendo distribuídas gratuitamente pelo site da banda. Dos clássicos, o Smashing Pumpkins relembrou, entre outras, "Today", "Shame", "Bullet With Butterfly Wings", "Zero" e "Tonight Tonight", que encerrou a apresentação e fez os últimos presentes, aparentemente cansados, levantarem do chão para dançar e cantar. A banda ainda voltou para um barulhento bis e sem "Disarm", outro clássico que tem aparecido nessa parte dos shows.
Da banda, somente Billy Corgan no palco se lembra do Smashing Pumpkins que viveu sua glória há duas décadas, carregando a bandeira da angústia adolescente. Lá se foram James Iha e Jimmy Chamberlin. Não há D'arcy Wretzky no baixo também. Assim como Axl Rose no Guns N' Roses ou Courtney Love no Hole, a apresentação é como um Billy Corgan Show ao som dos clássicos que compôs naquela época e mais um punhado de obscuridades. (MARIANA TRAMONTINA)
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