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"Conseguimos novos fãs porque ainda fazemos turnês", diz guitarrista do Iron Maiden

Guitarrista Adrian Smith, do Iron Maiden, acompanha a vitória de Nadal sobre Berdych em Londres - Matthew Lewis/Getty Images
Guitarrista Adrian Smith, do Iron Maiden, acompanha a vitória de Nadal sobre Berdych em Londres Imagem: Matthew Lewis/Getty Images

Da Redação

25/03/2011 18h08

De volta ao Brasil nesta semana para apresentar em seis cidades o show de seu 15º álbum de estúdio, "The Final Frontier", o Iron Maiden parece uma banda eternamente incansável.

A nova turnê, que começou na Rússia em fevereiro e que deve rodar o planeta em quase 70 dias, vem mostrando um grupo ainda cheio de disposição para mostrar um grande show, com um rico repertório que conta com músicas de diversas fases do Iron Maiden.
 
Talvez pela ausência de pretensão na hora de compor novas canções ou simplesmente por fazer longas turnês a cada novo álbum, a banda britânica parece conquistar novos fãs sem perder os antigos, mesmo em tempos de internet e de mudanças rápidas no mundo da música.
 
Prestes a se apresentar no país com o grupo, o guitarrista Adrian Smith respondeu à perguntas da imprensa e falou um pouco sobre o novo álbum e o que torna os fãs brasileiros especiais para o Iron Maiden.
 
Pergunta - O que vocês fizeram nessas últimas três décadas para manter o frescor na música do Iron Maiden sem mudar a essência do grupo?
Adrian Smith - Não acho que conscientemente tentamos fazer algo com frescor ou com uma sonoridade nova. Apenas nos juntamos, fazemos o álbum e vemos o que acontece. Estamos fazendo isso há muito tempo, temos um alto nível a seguir e tentamos mantê-lo.
 
Pergunta  - Vocês pensaram em como as músicas de "The Final Frontier" soariam ao vivo enquanto faziam o disco?
Adrian Smith - Diria que em 50% do tempo, sim. Do meu ponto de vista, gosto de gravar um disco em que você possa ouvir e perceber que é algo separado do show. Acho que há coisas do álbum novo que, apesar de funcionarem no álbum, provavelmente não ficariam tão boas ao vivo, por serem muito complicadas e complexas. Mas é um disco, afinal de contas. São coisas separadas. 
 
Pergunta  - O Iron Maiden permanece forte mesmo com a internet e os modismos dentro da música. Isso te surpreende? Você sente alguma insegurança quando chega a hora de fazer outro álbum ou uma nova turnê?
Adrian Smith - Acho que as bandas que fazem turnê há muito tempo construíram uma base de fãs. Nunca fomos uma banda que conseguiu fãs por termos músicas no rádio. Com nossas várias turnês, levamos nossa música para as pessoas. A longo prazo, seus fãs se tornam mais leais dessa forma. Conseguimos novos fãs basicamente porque ainda fazemos turnês. E, sim, existe insegurança com as coisas novas. Medo é como uma motivação quando se está compondo. Poderíamos tocar coisas velhas sempre e as pessoas ficariam felizes por um tempo, mas acho que é importante tocar coisas novas.
 
Pergunta  - O Brasil tem uma das maiores bases de fãs do Iron Maiden. Como é a relação da banda com o público daqui?
Adrian Smith - O Brasil é especial, não há dúvidas. Acho que os fãs são muito passionais. Eles amam o futebol e a música. Há muita pobreza no país e acho que eles usam o prazer que tem com a música e com o esporte como uma válvula de escape. É um lugar especial, adoramos tocar lá por conta dessa paixão dos fãs.
 
Pergunta  - O que vão tocar nos shows brasileiros dessa vez?
Adrian Smith - Tentamos tocar coisas novas, acho que apresentamos umas cinco faixas novas que achamos serem importantes e que gostamos de tocar ao vivo. É um novo show para o Brasil. Haverá muitas canções antigas, também, como "The Number of the Beast".