Lollapalooza Chile começa com boa safra da música latina, veteranos James e novo The National
O primeiro dia da edição chilena do Lollapalooza começou com o sol forte de Santiago brilhando nas atrações locais. Da escalação de 30 nomes na programação deste sábado (2), quase 15 deles saíram da boa safra nacional da música latino-americana.
Pontualmente ao meio-dia, a cantora Francisca Valenzuela abriu um dos palcos principais do festival e levou alguns (poucos) fãs ao local. Considerada revelação da música chileno, ela --que nesta semana foi convidada por Bono para cantar "One Tree Hill" no show do U2 em Santiago-- mostrou seu repertório essencialmente pop baseado no disco “Buen Soldado” e embalado pelo sucesso local "Quiero Verte Más".
Enquanto isso, o Devil Presley enchiam o palco secundário Tech, um ginásio fechado para cerca de 1.500 pessoas, com seu rock garageiro num show que promovia seu quarto disco de estúdio, "Relámpago", lançado no ano passado gratuitamente na internet. Dividindo a mesma faixa de horário, o DJ Ital fazia o som do palco LG para um pequeno público.
Antes das 13h, Los Bunkers levou para frente do outro palco principal uma boa parcela de fãs que cantavam suas músicas. Eles serão a primeira banda chilena a se apresentar no festival californiano Coachella, que acontece daqui duas semanas. A franco-chilena Ana Tijoux, que se apresentou no brasileiro Rec-Beat 2011, foi o destaque do dia entre os locais. Acompanhada de uma banda de sete pessoas, a rapper misturou seu hip-hop com influências de jazz e soul em músicas como "Protesto Manifiesto" e "1977".
Internacionais
Expoente da nova música colombiana, o Bomba Estéreo mesclou sua música folclórica com guitarras e sintetizadores, enquanto no mesmo horário assumia as picapes o DJ Zeta Bosio, ex-baixista do grupo argentino Soda Stereo.
Os veteranos James foram recebidos com respeito pelo Lollapalooza. A banda inglesa, que ficou inativa entre 2001 e 2007, recuperou dos anos de 1990 músicas como "Say Something", "Born of Frustration" e "Sometimes" para juntar com novidades como "Not So Strong" na voz de Tim Booth.
No palco Tech, o clima hippie dos norte-americanos Edward Sharpe & The Magnetic Zeros brigou com a tecnologia do local que se apresentavam. Com 40 minutos de atraso e uma série de problemas técnicos nos instrumentos, a banda entrou em cena para tocar apenas seis músicas, entre elas o hit "Home".
Ao pôr-do-sol, no palco principal, o National apresentava ao público da América Latina seu novo show, impulsionado pelo disco elogiado "High Violet" (2010). O repertório, mesclado com canções de seus outros discos de estúdio, trouxe próximo ao final a faixa "Mr. November", em que o vocalista Matt Berninger não economiza nos gritos e nas desafinações. "Estou na puberdade", brincou o cantor.
No primeiro dia de festival, que incluiu ainda apresentações de Steel Pulse, Beh Harper, Datarock e Empire of The Sun, entre outros, o DJ Fatboy Slim foi responsável pela música de saída do público do Lollapalooza Chile. Neste domingo (3), último dia do evento, sobem ao palco 311, Flaming Lips, Sublime With Rome, Cat Power, Cold War Kids, Jane's Addiction e Kanye West, encerrando a primeira edição latina do festival.
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