The Killers volta aos palcos no Lollapalooza Chile do mesmo jeito como parou

Mais de um ano depois de uma pausa anunciada --e nove meses após os últimos shows efetivamente--, o Killers retornou aos grandes palcos neste sábado (2), na primeira versão chilena do festival Lollapalooza, no Parque O’Higgins de Santiago, e recomeçou no ponto exato onde parou.

Os quase dez meses que deixaram o Killers em banho-maria deram ao vocalista Brandon Flowers seu primeiro álbum solo, "Flamingo", ao mesmo tempo em que o baixista Mark Stoermer produzia o novo álbum dos londrinos Howling Bells e o baterista Ronnie Vannucci Jr. trabalhava em sua também estreia em disco solo e no grupo paralelo Mt. Desolation. Mas nada sob a alcunha The Killers foi remexida nesse período.

O intervalo não deu chance para que o Killers compusesse alguma novidade, a mesma que faltou em seu show de retorno --dois dias antes, em Santiago, eles fizeram uma pequena apresentação para 1.500 pessoas no Teatro La Cúpula do mesmo Parque O’Higgins. No palco do Lollapalooza, a banda retomou o repertório que mantém desde 2008, quando lançou o álbum "Day & Age".

Em exata 1h30 de show --meia-hora a menos que o previsto--, o Killers lembrou sua série de composições assobiáveis e hits certeiros que todos sabem cantar: "Spaceman", "Somebody Told Me", "For Reasons Unknown", "When You Were Young", "The World We Live In", "Mr. Brightside" e "Human".

Sem toda sua grandiosidade e menos brilho, a apresentação do grupo de Las Vegas foi semelhante a última visita ao Brasil, em 2009. Ao vivo, o Killers continua mostrando que é uma banda de verdade, para estar no palco, e não apenas um produto de estúdio gravado em CDs. Mas, sem novidade, parece suscetível a enferrujar com um espetáculo já envelhecido.