Em SP, Muse deixa de lado grande produção de seus shows para ser atração de abertura do U2
Na Europa e no Reino Unido, eles têm seu próprio show para estádios, públicos numerosos e bandas de aberturas para suas apresentações. No Brasil, o trio inglês Muse chegou diminuto. Atração convidada pelo U2 para a etapa sul-americana da 360º Tour, a banda fez neste sábado (9), no Estádio Morumbi em São Paulo, um pocket show de 45 minutos para os cerca de 90 mil fãs de Bono e companhia.
Embaixo da enorme garra que compõe o atual palco do U2, o Muse transpôs ao vivo a característica grandiosa e épica de seu álbum temático "The Resistance", lançado em 2009 e recebido como pretensioso pela crítica, especialmente pelas muitas referências e cópias impudentes, que vão de Queen à música clássica. Ao vivo, Matt Bellamy mostra que está marcando presença nas aulas de megalomania do U2.
Pontualmente às 20h, a comercial "Uprising", do recente disco, veio em primeiro lugar, provando que as novas composições do Muse, sinfônicas e progressivas, são construídas para serem ouvidas em estádios, apesar do som baixo e menos potente regulado para o trio.
Parte do sucesso do Muse está na montagem de seus repertórios. A sequência do setlist é tão redonda que faixas mais antigas, como "Supermassive Black Hole" ou "Stockholm Syndrome", encaixam certeiras. Nos 45 minutos que estiveram no palco, a banda mostrou um show meio heavy metal, meio ópera com todo excesso do rock and roll, refletindo as incursões no caos do universo e do apocalipse onde mergulha o líder do Muse.
Sem chuva de fogos e efeitos de laser que acompanham seus shows, o Muse se deu por satisfeito com o convite de abertura para os irlandeses, que vê no trio londrino "um grande power trio" da atualidade, comparável a nomes como Cream e Jimi Hendrix.
Veja as músicas que o Muse tocou em São Paulo:
"Uprising"
"Supermassive Black Hole"
"Stockholm Syndrome"
"United States Of Eurasia"
"Hysteria"
"Starlight"
"Plug In Baby"
"Knights of Cydonia"
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