The Cult atravessa gerações e pede para "desligar plateia" em São Paulo
Os mais céticos poderiam dizer que o som da banda está datado. Mas a verdade é que o The Cult deu uma aula do mais puro rock’n roll na noite do último sábado (14) em São Paulo. Baseada na potente voz de Ian Astbury e nos acordes e riffs da guitarra de Billy Duffy – integrantes remanescentes da formação original do Cult – a banda agitou os fãs presentes na casa de shows paulistana HSBC Brasil. Fecharam a formação em palco o baixista Chris Wyse, o baterista John Tempesta e o guitarrista Mike Dimkich.
A atitude do público mereceu destaque. Participativo e visivelmente empolgado, ele era composto por pessoas de diferentes gerações. Não era raro encontrar pais e filhos pulando e cantando os sucessos da banda. Nos refrões dos principais sucessos era comum a voz de Astbury ser abafada pelos presentes. Isso, inclusive, gerou comentários engraçados da parte de Duffy, que pediu para “desligarem os microfones da plateia”.
O guitarrista, por sua vez, deu um show à parte. Interagindo com o público na mesma proporção que Astbury, foi preciso na execução de todas as músicas sem que, para isso, fosse metódico. Pelo contrário: improvisos marcaram a performance que, mesmo sendo fiel às músicas gravadas, não deixou de mostrar algo novo para os fãs.
Já Astbury – aniversariante do dia e que ganhou até parabéns do público – foi mais comportado em palco. Famoso por perder a voz no meio das apresentações, ele se poupou no show paulistano. Ainda assim, o músico improvisou em diversas passagens e usou de um expediente arriscado: deixar o público cantar por diversas vezes. Dada a empolgação dos presentes, o “truque” foi bem sucedido.
Entre as músicas que compuseram o sólido setlist, descaram-se She Sells Sanctuary, Rain, Fire Woman e Li’l Devil. Houve espaço para que Astbury cantasse alguns versos de Painted On My Heart, música a qual não foi executada. Até Lady Gaga teve o seu espaço, com o vocalista murmurando em tom de piada algumas frases de Bad Romance. Para fechar as referências, o bis contou com uma surpreendente versão de Break On Through (To The Other Side), do The Doors.
Ainda que tenha executado seus principais sucessos, músicas como Revolution, Eddie (Ciao Baby), Love e a já citada Painted On My Heart fizeram falta. As ausências, somadas ao atraso de trinta minutos para a entrada da banda, foram os pontos negativos da apresentação. Ainda que tenha deixado um gostinho de “quero mais”, o The Cult se mostrou disposto em palco e deixou claro que ainda pode oferecer muito ao rock.
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