Em duetos, Tony Bennett evidencia potência vocal de Lady Gaga e falta de Amy Winehouse ao jazz
Discos de duetos são, em geral, frutos de comemoração de muitos anos de carreira. Em 2006, quando Tony Bennett completou 80 anos, lançou seu primeiro "Duetos", no qual cantava com Elton John, Celine Dion, Dixie Chics, entre outros. O sucesso do trabalho levou o cantor a fazer um segundo volume do álbum, agora aos 85, e que deve vender mais ainda por ter ao menos dois grandes apelos comerciais. Cantam com ele Lady Gaga (que já abre o CD com "The Lady Is a Tramp") e Amy Winehouse, em "Body and Soul", a última gravação da cantora.
Tony Bennett e Michael Bublé -
"Don't Get Around Much Anymore"
O disco não se sustenta apenas nessas duas artistas, mas seu apelo em relação ao primeiro é exatamente colocar músicos que não apenas têm sintonia musical com Bennett, mas que também estão com as respectivas carreiras a pleno vapor, como é o caso de Michael Bublé (em "Don't Get Around Much More") e John Mayer (em "One For My Baby").
Fora esses quatro, a compilação ainda traz registros de clássicos como "Speak Low" em parceria com Norah Jones (no Brasil já gravada por Marisa Monte), além de encontros encantadores com astros do folk como Sheryl Crow ("The Girl I Love") e Willie Nelson ("On The Sunny Side Of The Street"), e do cinema (Queen Latifah, em "Who Can I Turn To").
A montagem do disco, que fez com que Bennett viajasse mundo afora para encontrar seus companheiros de gravação, como Andrea Bocelli na Itália, vai virar documentário. Por enquanto, os fãs podem ter uma pequena amostra do processo no DVD que vem com o disco e que tem 28 minutos de um making of das gravações. Ali aparecem Norah Jones, Josh Groban, Willie Nelson, k.d. lang, Carrie Underwood, além de Bocelli, Alejandro Sans, Mayer, Bublé e Latifah.
Classificado pelo iTunes como "easy listening", o disco é bastante homogêneo. Não dá para dizer que os artistas, de estilos variados, destoam do anfitrião, mas os duetos que mais se destacam mesmo são os de Gaga e Winehouse. O primeiro por deixar mais evidente e sofisticada uma faceta que a cantora sempre mostra nos palcos quando se senta ao piano e põe em destaque sua potente extensão vocal. O segundo porque deixa o ouvinte com um misto de encantamento, ternura e tristeza ao notar o quanto o jazz perdeu com a morte de Amy Winehouse.
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