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Sambista de "Malhação" diz que provou para pai que vontade de ser músico era mais que "febre de criança"

CARLA NEVES

Do UOL, no Rio

02/11/2011 07h00

Até hoje, Pedro Bernardo, mais conhecido como Pedrinho do Cavaco, lembra com bom humor de quando começou a tocar cavaquinho, aos seis anos de idade. Foi em um churrasco com a família, no Rio de Janeiro. Na ocasião, ele pegou o instrumento emprestado na roda de samba do evento e começou a tocar, a seu modo. Encantado pelo cavaquinho, Pedro chegou em casa e pediu um para o pai – que não acreditou muito no talento do menino e deu a ele um instrumento "vagabundo", de 60 reais. “Ele achava que era febre de criança”, recorda Pedro, em entrevista exclusiva ao UOL.

Assista à entrevista exclusiva do UOL com Pedro Bernardo:

Aos nove anos de idade, Pedro foi campeão da primeira edição do quadro “Se Vira Nos 30”, do “Domingão do Faustão”, ao tocar cavaquinho ao vivo para Fausto Silva. Depois disso, ele não parou mais de tocar e passou a ser figurinha fácil nas rodas de samba do subúrbio carioca, onde nasceu e foi criado, e até mesmo nas rodas de bambas do ritmo, como Zeca Pagodinho, Dudu Nobre, Alcione, Martinho da Vila e Arlindo Cruz. Além do cavaquinho, Pedro toca mais 19 instrumentos, entre eles piano e violão. A maioria ele aprendeu a tocar sozinho, “de ouvido”.

Afilhado musical e de batismo do cantor Milton Nascimento, ele já tem um CD lançado, chamado “Pedrinho do Cavaco”. Nele, o cantor apresenta composições próprias, como “Química do Amor” – que criou em parceria com Elcio do Pagode e Luizinho Oliveira, além de sucessos como “Minha”, de Cartola, e “Praia Nua”, de Jorge Vercillo.

Atualmente, o rapaz pode ser visto em “Malhação”, da Globo. Na história, ele interpreta o jovem Dieguinho, que toca samba e pagode com o irmão Jefferson (Douglas Sampaio) para os amigos da Comunidade dos Anjos.