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Pearl Jam rege coro de 40 mil vozes no Rio de Janeiro com homenagem a Johnny Ramone

ALEXANDRE COELHO

Colaboração para o UOL<br>Do Rio de Janeiro

06/11/2011 23h59

 
Seis anos depois de sua primeira passagem pelo Rio de Janeiro, o Pearl Jam voltou a levar seus súditos cariocas ao delírio na noite deste domingo (6). Cerca de 40 mil pessoas, entre quarentões e adolescentes, homens, mulheres e crianças, lotaram a Praça da Apoteose e cantaram, em uníssono e em total clima de paz e amor, novos e antigos sucessos da banda.
 
Previsto para as 20h, o show começou com 33 minutos de atraso, o que não foi problema para os fãs. Garrafa de vinho tinto em punho, como de hábito, o vocalista Eddie Vedder, à frente do grupo, abriu o set com "Unthought Known", música do mais recente álbum da banda, "Backspacer" (2009), e emendou com "Last Exit", que, curiosamente, abriu o show do gupo no Rio em 2005.
 
Depois de "Blood" e "Corduroy", Vedder ensaiou suas primeiras palavras em português na noite. "Oi, galera! Eu lembro daqui muito bem. Nós estamos felizes por estarmos de volta". Vieram então "Given to Fly", "Even Flow", "Daugther" e outros clássicos, antes de mais um mimo do vocalista para o público da cidade. "O mar e as montanhas daqui são muito especiais, mas são as pessoas que fazem a cidade bonita", arriscou.
 
Em "Rearviewmirror", o vocalista se esqueceu dos primeiros versos da letra, algo comum em suas performances. Sem problema: os fãs mais aficionados cantaram para ele. Uma hora e quinze minutos depois do início do show, a banda se retirou do palco pela primeira vez. O primeiro bis começou com a bela "Just Breath", também do último trabalho do grupo.
 
A sequência teve uma homenagem ao amigo falecido Johnny Ramone, seguida de "Come Back". "Esta música é para meu amigo Johnny Ramone. Ele adorava o Brasil. Eu sinto saudade dele todos os dias", admitiu Vedder, em um nem tão bom português. Depois de "I Believe in Miracles", dos Ramones, "Do the Evolution" e "Jeremy", o grupo retirou-se mais uma vez do palco, mas o público continuou cantando o coro de "Jeremy".
 
O último set surpreendeu com "Mother", do Pink Floyd, que abriu uma sucessão de clássicos, como "Better Man", "Black" e "Alive". A saideira foi o lado B "Yellow Ledbetter", ao final da qual Eddie Vedder acendeu um cigarro, como se estivesse ensaiando na garagem de casa.
 
Missão da banda cumprida, quarentões e adolescentes, mistura típica do público dos grupos com muitos anos de estrada, foram para casa felizes. "A força da banda no palco ainda impressiona, tanto pela musicalidade quanto pela performance", avalia o músico Alexandre Cabide, 40 anos, ex-integrante da banda Pearl Jam Cover Brasil.
 
"Minha mãe era da fã da banda e me levou ao show de 2005. Eu gostei tanto que também fiquei fã e voltei desta vez com os amigos", contou a estudante Tatiane Junqueira, 18 anos, que prefere ser chamada de Tati Vedder, em homenagem ao vocalista do Pearl Jam.
 
Veja que o Pearl Jam tocou no Rio de Janeiro:
 
"Unthought Known"
"Last Exit"
"Blood"
"Corduroy"
"Given to Fly"
"Nothing Man"
"Faithfull"
"Even Flow"
"Daughter"
"Habit"
"Immortality"
"The Fixer"
"Got Some"
"Elderly Woman Behind the Counter in Small Town"
"Why Go"
"Rearviewmirror"
 
bis
"Just Breath"
"Come Back"
"I Believe in Miracles"
"State of Love & Trust"
"Of the Earth"
"Do the Evolution"
"Jeremy"
 
bis
"Mother"
"Better Man"
"Black"
"Alive"
"Rockin' in the Free World"
"Indiference"
"Yellow Ledbetter"