Com fogos, bailarinas e participação de Fergie, Kanye West faz espetáculo grandioso no SWU
TAÍS TOTI
Enviada especial a Paulínia
12/11/2011 21h40Atualizada em 13/11/2011 00h51
Kanye West não economizou nos artifícios - nem no setlist - para fazer de seu show no SWU neste sábado (12) um grandioso espetáculo. Chuva de fogos, bailarinas, jogos de luzes, um enorme desenho com anjos e mulheres no fundo do palco e até a participação de Fergie, que logo depois se apresentaria com o Black Eyed Peas, embelezaram a apresentação do rapper, que aumentou o repertório a ponto de atrasar em meia hora a próxima atração.
No Palco Consciência, Kanye começa com "Dark Fantasy", e também inclui "Monster", "Power" e "Hell Of A Life", todas do elogiado disco "My Beautiful Dark Twisted Fantasy", lançado em 2010. Com "Good Life", ele fecha a primeira parte do show e sai do palco, enquanto no telão é escrito "ato 2".
A segunda parte é mais dedicada aos problemas amorosos e corações partidos, com "Love Lockdown" e "Heartless", cantada em coro. "Apesar de o amor ser difícil eu sempre vou tentar", romantizou. Kanye também faz um breve apanhado da carreira no segundo ato, incluindo canções de álbuns menos recentes como "Homecoming", "All Falls Down" e "Gold Digger".
A grande surpresa da noite foi em "All Of The Lights". O rapper interrompeu a música após ter começado, exigindo que o público se empolgasse mais. Em um trecho, Fergie aparece para cantar, e logo vai embora, sem nenhuma apresentação do cantor. "Runaway" é outro momento que deixa a plateia desconcertada. Em um longo improviso, ele pede que "se você ama alguém esta noite, a abrace bem forte". Ironicamente, é nessa música que o público, que já não enchia a área perto do palco, saísse para esperar o Black Eyed Peas.
Antes dele, no palco principal, Snoop Dogg apresentou o show da turnê mais recente, do álbum "Doggumentary" e dançou "Só Pra Contrariar", e Damian Marley animou o público com hits de seu pai, Bob, e seus dreads enormes. Mais cedo, Marcelo D2 entrou em cena com mensagens sobre legalização da maconha e fez um apanhado de sua carreira.
O Soja levou seu reggae ao palco Consciência. Enquanto eles tocavam, uma forte ventania derrubou o fundo do palco, e a banda se apresentou à frente de um grande pano branco que estava atrás de seu cenário, aparentemente montado para o show de Kanye West.
O californiano Michael Franti subiu ao palco Energia com uma missão: refrescar com seu som praiano a plateia que enfrentava o sol até então forte que fazia durante a tarde em Paulínia. Com os pés descalços, costume que mantém há 11 anos, Franti começou o show com "Everyone Deserves Music" e trouxe ao festival sua música influenciada por gêneros como rap, reggae, soul e folk e seu discurso focado na paz e na justiça.
Primeira atração do palco princial neste sábado, Emicida relembrou clássicos do rap com homenagens a Thaíde, Xis, Sabotage e Racionais MC's.