Snoop Dogg faz entrada imponente no SWU ao som de "Carmina Burana" e deixa palco com hit do Só Pra Contrariar

Snoop Dogg é uma personalidade curiosa. No show que fez neste sábado (12) no palco principal do SWU, o rapper fez uma entrada imponente ao som de um excerto da ópera "Carmina Burana", de Carl Orff, e saiu de cena sambando ao som do hit do pagode "Minha Fantasia", do Só Pra Contrariar.

Num dia dominado por reggae e hip-hop, o rapper apresentou no festival o show de sua nova turnê, que promove o álbum "Doggumentary". Carismático, Dogg tocou para uma plateia cheia e pôs as mãos do público para o alto com músicas como "P.I.M.P", de 50 Cent, "Next Episode" e "I Wanna Rock". Dançarinas fantasiadas de enfermeira, policial e professora, e homens com cabeça de cachorro completaram o cenário do show, entre altos e baixos. 

Em entrevista realizada no Rio de Janeiro, nesta semana, Dogg falou que gosta de se apresentar em grandes eventos, com outros artistas. "Me dá a chance de também ser fã, todo mundo é fã". O repertório do show não deve sofrer muitas mudanças para se encaixar na programação do festival. "O que faz diferença, na hora de tocar em um grande evento ou casa de show, é a energia. Espero que as pessoas gostem".

Antes dele, no palco principal, Damian Marley animou o público com hits de seu pai, Bob, e seus dreads enormes. Mais cedo, Marcelo D2 entrou em cena com mensagens sobre legalização da maconha e fez um apanhado de sua carreira.

O Soja levou seu reggae ao palco Consciência. Enquanto eles tocavam, uma forte ventania derrubou o fundo do palco, e a banda se apresentou à frente de um grande pano branco que estava atrás de seu cenário, aparentemente montado para o show de Kanye West.

O californiano Michael Franti subiu ao palco Energia com uma missão: refrescar com seu som praiano a plateia que enfrentava o sol até então forte que fazia durante a tarde em Paulínia. Com os pés descalços, costume que mantém há 11 anos, Franti começou o show com "Everyone Deserves Music" e trouxe ao festival sua música influenciada por gêneros como rap, reggae, soul e folk e seu discurso focado na paz e na justiça.

Primeira atração do palco princial neste sábado, Emicida relembrou clássicos do rap com homenagens a Thaíde, Xis, Sabotage e Racionais MC's.