Após briga com Ultraje a Rigor, Peter Gabriel canta com orquestra; parte do público começa a deixar o SWU
Depois de ter sua produção envolvida em uma briga que acabou em socos durante o show do Ultraje a Rigor, o inglês Peter Gabriel subiu ao Palco Consciência do SWU às 22h15 e mostrou que, apesar da confusão, é sim um homem elegante. (Não que ele tenha pedido desculpas públicas.)
Elegante e preocupado com os grandes problemas mundiais, como a guerra na África. Por volta das 23h40, contou com a colaboração da apresentadora Didi Wagner, do Multishow, para divulgar uma organização que ajuda crianças de países afetados pela guerra. Didi pediu para que o público falasse a mensagem "voltem para a casa" na língua do Congo. O áudio, segundo a apresentadora, será veiculado nas rádios do país.
A apresentação do co-fundador do Genesis, que começou com "Heroes", foi a mais sofisticada da noite, acompanhada por uma orquestra com mais de duas dezenas de músicos - metade inglesa e metade brasileira, como o próprio Gabriel anunciou. A New Blood Orchestra ocupou quase todo o palco, e fez fundo ao cantor em arranjos bem elaborados.
Se a adição de orquestras em shows de rock costuma soar mais como perfumaria, esse não foi o caso. As rajadas de violino e a percussão recheada colaboraram com os vocais cristalinos e conservados do inglês.
"Solsbury Hill" ficou especialmente bonita com o tratamento orquestrado.
O inglês se mostrou esforçado em se conectar com o público. Fugiu das tradicionais saudações em português -- um "olá" aqui, outro "obrigado" ali -- e entrou no palco preparado. Leu falas longas e complexas em português, para a aprovação do público.
Tocou ainda "Signal to Noise" e "Downside Up". Em "Father, Son", homenageou o pai, que fará 100 anos em abril. Também falou sobre redes sociais, futuro e por fim elogiou seus músicos.
Mas não foi todo mundo que gostou do show. Grande parte do público começou a deixar a arena do SWU no meio da apresentação.
O casal Luisa Gianelli e Paulo Lucas Castro deixou o festival por conta do clima "entediante" do show do cantor. “Estamos indo porque está chato, dando muito sono." Já a estudante Mariah Ramalho conta que a mudança brusca de temparatura pegou o público de surpresa. “Cansei por hoje. Tomei chuva, sol e passei frio. Isso bodeia”.
3 Comentários
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.
se o brasil se valorizase mais quem sabe tb valorizaria seus artistas tb sem precisar dos calouros do primeiro mundo que agora com a crise veem ao brasil,pois mais pelo dinheiro que qquer outro tipo de causa...mil vezes ultrajeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
meu o cara vem no brasil leva uma com o ultraje sai na porada e ainda tem pessoas que ficaram pra ver ai ta certo o roger ai roger não liga não esse cara e um inutil