Lynyrd Skynyrd revive clássicos e fecha com animação segundo dia do SWU
Boa parte do público de 45 mil pessoas (de acordo com informação divulgada pela assessoria de imprensa) já havia ido embora do SWU na noite de domingo (13), mas os que ficaram para conferir o show do Lynyrd Skynyrd não se arrependeram. Fechando com os hits "Sweet Home Alabama" e uma versão de 12 minutos de "Freebird", os norte-americanos fizeram os fãs vibrar na última apresentação do segundo dia do festival.
A bandeira dos Estados Confederados, que virou uma espécie de símbolo da banda ícone do rock sulista, podia ser vista nas mãos de vários fãs que enfrentavam a chuva fina no Palco Energia.
Destaques do segundo dia
O segundo dia de SWU foi marcado por uma série de atrasos na programação musical, um cancelamento, por protestos na área de camping e por uma arena visivelmente mais vazia do que o primeiro dia. A chuva também marcou presença neste domingo: mesmo leve, foi insistente durante a tarde, cessando no início da noite.
Os shows dos palcos principais começaram com Zé Ramalho empolgando até roqueiros da plateia. A chuva que caía durante a tarde fez com que o Ultraje a Rigor adiasse seu show, já que a falta de proteção deixou os equipamentos molhados. Com isso, o casal do Tedeschi Trucks Band entrou em cena às 17h – 20 minutos antes do horário previsto para eles.
O Ultraje a Rigor subiu ao palco com mais de 2h de atraso em meio a uma briga nos bastidores do irmão do vocalista Roger Moreira com a produção de Peter Gabriel, que envolveu até agressão física. Visivelmente irritado com a situação, Roger provocou os artistas internacionais o quanto pôde. Em certo momento, tirou vagarosamente o casaco que vestia ao som do tema de "A Pantera Cor-de-Rosa". "Nós temos todo o tempo aqui", disse, rindo.
Chris Cornell acalmou os ânimos com um show acústico que encantou o público mesmo com problemas no som. Na sequência, Duran Duran entrou em cena e fez um passeio por 30 anos de hits, emocionando a plateia do SWU.
Enquanto isso, no palco New Stage, Courtney Love levava o público ao delírio com o Hole. A ex de Kurt Cobain ficou com os seios de fora, brigou com fãs que levantavam fotos do vocalista do Nirvana, fez cover de Lady Gaga e xingou o Foo Fighters. Antes disso, os norte-americanos do Modest Mouse, escalados para tocar antes do Hole no mesmo palco, cancelaram sua apresentação porque a empresa contratada para trazer seus equipamentos não conseguiu fazer a entrega a tempo.
O inglês Peter Gabriel só foi subir ao palco às 22h15 (seu show estava previsto para as 20h55), quando parte do público começou a deixar o festival. A apresentação do co-fundador do Genesis, que começou com "Heroes", foi a mais sofisticada da noite, acompanhada por uma orquestra com mais de duas dezenas de músicos -- metade inglesa e metade brasileira, como o próprio Gabriel anunciou.
No início da tarde, cerca de 50 pessoas que estão acampadas na área reservada do festival fizeram um protesto contra a segurança do local, que estava revistando as barracas. Na ocasião, os acampados também aproveitaram para fazer um manifesto pela liberação da maconha.
O festival esteve vazio se comparado ao primeiro dia do SWU. Ao andar pelo parque, via-se que o público não lotava as pistas. Além disso, a quantidade de lixo também diminuiu, quase não se via sujeira no local.
Último dia de SWU
O terceiro e último dia do SWU será dominado por bandas que fizeram sucesso nos anos de 1990. Faith No More é o nome máximo da noite, que terá ainda Stone Temple Pilots, Alice in Chains e Sonic Youth. O Megadeth chega para representar o heavy metal, e os Raimundos iniciam o palco principal com rock brasileiro.
No palco New Stage, o destaque são as bandas Ash, The Black Angels e Crystal Castles. É lá também que o Simple Plan fará seu show. A tenda eletrônica recebe Gui Boratto e o sueco Sven Vath.
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