Topo

Stone Temple Pilots volta ao Brasil com repertório quase idêntico ao apresentado a menos de um ano no país

Com megafone em mãos, o vocalista do Stone Temple Pilots canta na última noite de SWU (14/11/2011) - Ricardo Lima/UOL
Com megafone em mãos, o vocalista do Stone Temple Pilots canta na última noite de SWU (14/11/2011) Imagem: Ricardo Lima/UOL

Do UOL, em Paulínia (SP)

14/11/2011 22h43

Menos de um ano depois de tocar no Brasil pela primeira vez, os veteranos do Stone Temple Pilots voltaram ao país com um repertório praticamente idêntico ao que apresentou por aqui em dezembro. A novidade mesmo no show desta segunda-feira (14) no SWU foi a inserção de "Big Bang Baby" no setlist.
 
O Stone Temple Pilots chegou ao país pela segunda vez com toda sua bagagem problemática nas costas, já absorvida das pancadas de críticos que desprezavam a banda como "pseudogrunges" e cambaleando nos conflitos de Weiland com as drogas, que por diversas vezes interromperam as turnês
 
 
Por todo um currículo de idas e vindas, reviravoltas e eventuais interrupções, a visita da banda ao SWU foi encarada como o resultado de um retorno que muitos pensaram que nunca veriam de perto pela segunda vez. Por isso, o velho Stone Temple Pilots foi recebido com uma reverência concentrada em seu valor histórico.
 
Ao subir no palco, Scott Weiland estava de volta com seu tradicional megafone nas mãos e fez o Stone Temple Pilots viajar a 1992 para buscar duas faixas em seu disco de estreia: "Crackerman" e "Wicked Garden". Recebidas com louvor, a banda emendou "Vasoline", single do álbum seguinte "Purple", de 1994, seguida de "Heaven & Hot Rods".
 
A nova fase do Stone Temple Pilots foi introduzida com "Between The Lines", do disco homônimo que a banda lançou no ano passado, rompendo um silêncio de nove anos sem inéditas. 
 
Liderado pelo vocalista Weiland, o Stone Temple Pilots desembarcou com sua formação original: os irmãos Robert DeLeo (baixo e vocais) e Dean DeLeo (guitarra), e Eric Kretz (bateria). Do desempenho da banda no palco à qualidade vocal de Weiland, que está com a voz mais encorpada, pouco nota-se o lapso de seis anos que os manteve separados.
 
Sem muito papo, Weiland deslizou de costas de um lado para o outro, rodopiou durante os solos viajantes de guitarra, rebolou em "Sex Type Thing" e deixou-se mais a vontade. No final do show, do terno e gravata com que havia se apresentado para a plateia sobraram apenas uma camisa desabotoada e molhada da chuva.
Entre baladas e guitarras sujas, o Stone Temple Pilots entregou durante 1h um repertório com composições que fizeram sucesso há mais de dez anos, como "Plush" --o maior hit da banda cantada em uníssono pelo público--, "Big Empty", "Interstate Love Song" e "Sex Type Thing". O encerramento ficou para a noventista "Trippin' on a Hole in a Paper". 
 
Weiland parece ter se recuperado mais uma vez de seus tropeços e, nesse sentido, o sinal de paz na capa do último disco do Stone Temple Pilots e repetido nas mãos do vocalista durante o show muito diz sobre essa atual fase do quarteto.