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Vocalista do Smashing Pumpkins diz que pensou em suicídio e fantasiou sobre o próprio enterro

Capa do álbum "Siamese Dream" (1993), do Smashing Pumpkins - Divulgação
Capa do álbum "Siamese Dream" (1993), do Smashing Pumpkins Imagem: Divulgação

Da Redação

21/11/2011 14h05Atualizada em 21/11/2011 18h42

Em entrevista à estação de rádio inglesa "BBC Radio 1", Billy Corgan, líder da banda Smashing Pumpkins, conta que pensou em suicídio durante dois meses antes de gravar o álbum "Siamese Dream", de 1993. "Queria me matar, então fiquei planejando minha morte por dois meses. Se você já leu algo sobre sinais de alerta de suicídio, você verá que um deles é dar suas coisas para os outros. Eu comecei a dar tudo: dei todos os meus discos, comecei a dar minhas guitarras...", diz.

O cantor chegou até a pensar sobre como seria seu funeral: "Eu fantasiava minha morte, pensava em como seria meu funeral e que música ia tocar lá; cheguei ao nível da insanidade." Apesar do sofrimento enfrentado, Corgan define o disco como o melhor da banda: "Mesmo que não tenha sido o álbum que vendeu mais, é o melhor. Apesar de ser sombrio, há muita diversão nele, é quase como se estivéssemos rindo do quão estúpida a coisa era. É meio como 'aqui está minha música pop sobre suicídio', 'aqui está minha música épica sobre abuso infantil', e 'aqui está meu grande dedo do meio para o mundo indie'", diz.

Conhecido pelo perfeccionismo e pelas brigas com seus companheiros de banda, Billy conta que chegou a tocar por conta própria partes das músicas de "Siamese Dream" que já haviam sido gravadas por D'Arcy Wretsky e James Iha, só para atingir a sonoridade que ele queria. "Ensaiamos muito, trabalhamos muito e brigamos por outras coisas além da música; na verdade nunca brigamos por causa da música. Eles acreditavam no disco, mas não aguentaram o nível de exigência que ele pedia. Isso destruiu minha saúde e meus relacionamentos", diz.

Atualmente, Billy está trabalhando no nono disco do Smashing Pumpkins, "Oceania", que deve ser lançado em 2012.