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"No segundo disco você mostra a que veio", diz Marina de la Riva; veja novo clipe

A cantora Marina de la Riva em foto promocional - Gui Paganini/Divulgação
A cantora Marina de la Riva em foto promocional Imagem: Gui Paganini/Divulgação

Taís Toti

Do UOL, em São Paulo

27/01/2012 08h00

O que pode ter sido uma demora para os fãs, para Marina de La Riva é apenas "o tempo da arte". Cinco anos separam seu elogiado disco de estreia de “Idilio”, novo álbum que será lançado entre fevereiro e março. "No segundo disco você mostra a que veio", afirma, em entrevista por telefone ao UOL. O primeiro clipe de sua carreira, "Voy a Tatuar-me", estreia nesta sexta (27) com exclusividade no UOL, e quatro músicas de “Idilio” já podem ser ouvidas na Rádio UOL.

Conhecida por misturar música brasileira com sua origem cubana (o pai da cantora nasceu na ilha e se mudou para o Rio de Janeiro), Marina de La Riva volta ampliando a influência latina, interpretando também compositores espanhóis e uruguaios. "Quis abrir meu leque sem perder minha identidade", explica.

O clipe de "Voy a Tatuar-me" é um exemplo da abertura da carioca para outros latino-americanos: o clipe foi dirigido pelos argentinos Juanito Jaureguiberry e Picky Talarico, e gravado em Buenos Aires, na casa de tango La Catedral. "Tem uma estética anos 1920, meio Marlene Dietrich, noir".

Marina de La Riva - "Voy A Tatuar-me"

Mas a autoria de “Voy A Tatuar-me” é de um cubano, Amaury Gutiérrez, que Marina conheceu ao gravar o disco vencedor do Grammy Latino “Sesiones Intimas”. “Pedi: ‘Amaury, eu preciso de uma música!’, e ele respondeu ’Ai, hermanita, pera’, e depois apareceu com a música, que eu adoro”, conta a cantora sobre a encomenda da canção.

Autobiográfico

Além da inédita “Voy A Tatuar-me”, “Idílios” traz interpretações de Marina de La Riva para “Añorado Encuentro”, dos cubanos Alberto Vera Morúa e Giraldo Piloto Bea, e “Ausência”, de Vinicius de Moraes e Marília Medalha, repetindo a combinação Cuba-Brasil que consagrou a cantora.

"Quando fiz o primeiro disco estava traduzindo quem eu sou, meus hábitos, minha casa. Acabou virando um conceito. Não tinha porquê ter gasto tanta energia falando a minha verdade e mudar agora”.

Para ela, “Idilio” continua sendo reflexo do que ela é. “O [diretor Federico] Fellini diz que toda arte é autobiográfica, e esse disco novo também reflete isso, mesmo que a gente não queira assumir. Mas são as minhas escolhas".

Para o terceiro álbum, Marina de La Riva pode ampliar o caráter autobiográfico de seu trabalho com canções autorais. “Eu componho, mas não mostro para ninguém”, confessa, entre risadas. “Acho que não estou pronta para mostrar ainda. Quem sabe no próximo disco”.